Gal Gadot compara bastidores de 'Mulher-Maravilha 1984' a acampamento de verão louco
Heroína dá um salto de 60 anos em novo filme da franquia
Heroína dá um salto de 60 anos em novo filme da franquia
Após um tempo escasso de lançamentos nos cinemas, “Mulher-Maravilha 1984” chega às telonas de todo o país nesta quinta-feira (17) como uma das principais estreia do ano, e com a atriz Gal Gadot, 35, de volta ao papel da super-heroína, mais de 60 anos depois da aventura do primeiro filme.
A nova produção trará sua personagem mais madura e consciente, mas também mais solitária --consequência de sua imortalidade e não-envelhecimento. Ainda assim, os fãs mais românticos podem ficar tranquilos, porque Chris Pine, 40, estará de volta como Steve Trevor. Como isso será possível, ainda é um segredo.
“A volta dele me deixou feliz”, afirmou Gadot em entrevista feita em abril pelo estúdio e cedida ao F5. “Amei o fato de que [o diretor] Patty Jenkins e [o roteirista] Geoff Johns tenham encontrado uma maneira de trazê-lo de volta, apesar de eu não poder falar em detalhes a respeito”, completou a atriz.
Entre as novidades no elenco estão os vilões da trama: Max Lord (Pedro Pascal) e Barbara Minerva (Kristen Wiig), que, segundo Gadot, vieram para contribuir ainda mais para a boa química já existente entre atores e equipe técnica. “Foi como se tivéssemos passado por um acampamento de verão louco”, diz a atriz.
Apesar de algumas críticas já apontarem pouco humor na trama, algumas sequências de ação podem ser empolgantes, como a primeira, em que a Mulher-Maravilha detona alguns ladrões e salva uma criança num shopping; e nos duelos finais contra os dois vilões, estes um tanto longos e exagerados.
O que passou pela sua cabeça quando Patty Jenkins lhe propôs a ideia de levar Diana para a década de 1980?
Adorei. Foi uma década muito rica e que oferecia muitas coisas bonitas que poderíamos aproveitar para fazer um filme mais forte. Visualmente, e em termos de trilha sonora e música, acho que a década de 1980 foi de fato memorável, e adorei a ideia.
Para você, a abordagem no novo filme foi um pouco diferente por agora você também ser produtora?
Foi realmente uma oportunidade maravilhosa para mim, de aprender com os melhores. Faço o que faço por paixão e amor pela arte e pela profissão. E mesmo que eu seja a pessoa que, com Patty, conhece melhor a personagem, porque a interpreto, existe algo de revelador em me envolver com um projeto tão grande no estágio inicial, e participar da criação da história, do desenvolvimento visual e da escolha de locações... todas essas coisas. Aprendi muito com Patty e com [o produtor] Chuck Roven e, agora que tenho uma produtora, acho tudo isso muito útil. Portanto, foi ótimo.
Como é a vida de Diana nesse novo encontro?
Bem, o primeiro filme mostrava Diana amadurecendo e se tornando a Mulher-Maravilha, descobrindo seus poderes e força, e foi realmente sua apresentação ao mundo humano. Ela era um peixe fora da água, e tudo era uma grande novidade. Agora a encontramos mais de seis décadas mais tarde, ela é muito mais experiente e obviamente se tornou muito mais madura e sábia, e compreende as complexidades da humanidade. Mas ela também é muito solitária, porque foi perdendo todos os membros de sua equipe, com o passar dos anos. E ela é muito reservada, muito cautelosa.
Por ela ter vivido tanto tempo longe das amazonas, parece que poderemos ver um lado quase humano da personagem, mesmo que ela não seja humana.
Sim. A maneira pela qual abordei a personagem, desde o começo, quando fui escalada para o papel, foi perguntar a mim mesma “como é que se interpreta um super-herói? Como se interpreta um semideus, com toda aquela força e com aqueles poderes inacreditáveis?” E o que funcionou para mim foi garantir que eu a retratasse como alguém que, mesmo dotada de todo aqueles poderes incríveis, tem um coração humano. Ela é repleta de amor e empatia e compaixão, e também é vulnerável, e existe alguma coisa nessa vulnerabilidade que me ajudou a retratar a personagem e a torná-la acessível, fazer dela alguém por quem as pessoas possam sentir afinidade.
Falando de vulnerabilidades, no novo filme ela é fisicamente vulnerável de uma maneira que não tínhamos visto antes. Foi empolgante para você interpretar esse aspecto?
Sim, definitivamente foi, porque desde o começo tudo estava em jogo.
E Chris Pine está de volta como Steve Trevor! Pelo trailer, parece que a química e a conversa solta entre os dois são exatamente como aquilo que agradou tanto aos fãs. Vocês dois passam por uma ótima reversão de papéis no novo filme. Desta vez, ele que é o peixe fora da água.
Sim! (Risos.) Amei o fato de que Patty e [o roteirista] Geoff Johns tenham encontrado uma maneira de trazê-lo de volta –apesar de eu não poder falar em detalhes a respeito. A volta dele me deixou feliz. Chris teve parte importante no sucesso do primeiro filme, e eu realmente me divirto ao trabalhar com ele. Ele é um ótimo parceiro. Sempre brinca comigo, e rimos juntos, e de muitas maneiras ele permite que o que tenho de melhor aflore.
E vocês têm dois grandes vilões novos, The Cheetah e Max Lord. O que você pode contar sobre sua experiência de trabalhar com Kristen Wiig e Pedro Pascal?
Oh, eu amei muito os dois. Acho que tivemos sorte com a química entre todos nós, incluindo Patty. No set, havia muitos momentos em que cada um de nós tentava dizer o diálogo de um jeito que fizesse todo mundo rir. E nos dias de folga, passávamos muito tempo juntos. Foi como se tivéssemos passado por um acampamento de verão louco, mas que tivesse durado oito meses de filmagem e quatro de preparação. E nós nos apoiamos bastante, trabalhamos como equipe, o que acho que fica bem aparente no filme. Mesmo que Pedro e Kristen interpretem os vilões, acho que a química sempre transparece, e isso realmente ajudou a todos nós.
Não imaginava que vocês tivessem tanto tempo para conviver, já que têm uma rotina de treinos. As cenas de ação parecem realmente intensas.
Sim, nas filmagens nós tínhamos de dar 1.000%, estávamos totalmente investidos na cena e no momento, como personagens, e por isso estar em boa forma física era essencial. Mas o escopo do filme é tão grande, há tantas tomadas complicadas, que temos algum tempo de pausa entre cenas. Assim, entre as cenas, nós em geral íamos ao meu trailer e ficávamos lá papeando ou treinando.
Kristen disse que se sentia muito bem, fisicamente, por conta do treinamento todo, mesmo que tenha sido exaustivo.
Sim, quando rodo esses filmes estou na minha melhor forma, porque a produção garante que treinemos com os melhores, e temos um sistema de apoio maravilhoso, para garantir que todo mundo esteja saudável. Temos tempo de recuperação. Comemos a comida certa. Temos os melhores fisioterapeutas. Temos os melhores preparadores físicos. Por isso, nossos corpos ficam muito felizes, mesmo que seja difícil; o que é preciso fazer é treinar sempre, na academia e no set, mas vale muito a pena.
Imagino que isso também ajude na hora de fazer cenas de ação, cenas acrobáticas –seu corpo precisa estar preparado para isso.
Sim, e as cenas acrobáticas eram insanas. Há anos eu e Patty vínhamos discutindo o estilo de luta certo para a Mulher-Maravilha, porque em geral, nos filmes de super-heróis, o protagonista é homem. E homens lutam como homens. Para as mulheres, temos alguns exemplos, claro, mas nem tantos assim, e não é como se a coisa estivesse completamente clara. Patty e eu queríamos garantir que a Mulher-Maravilha tivesse a aparência e o estilo de luta que ela merece ter. Assim, antes de começarmos a preparação para o filme, Patty e eu fomos ao Cirque du Soleil e vimos um número que me fez chorar, uma cena tão bonita e poderosa. E Patty achou que era uma grande inspiração sobre como uma mulher deveria lutar.
Quando começamos a preparação, tínhamos essa ideia sobre a maneira como eu precisava me movimentar, que cara as coisas todas deveriam ter. Tivemos de construir coisas que nunca tinham sido construídas, porque o trabalho jamais tinha sido feito dessa maneira. As estruturas de apoio para as cenas acrobáticas levaram meses para ser construídas, mas acho que o que ganhamos com isso foi uma forma de as lutas parecerem originais e poderosas, e ao mesmo tempo graciosas e elegantes.
Falando de luta, no filme você usa a armadura dourada. Qual foi sua sensação ao ver os primeiros esboços para ela?
Bem, quando Patty e Lindy [Hemming, a estilista do filme] me mostraram os desenhos da armadura dourada, e ela se parecia com a dos quadrinhos, fiquei encantada. É uma peça realmente emblemática, de um importante artista de quadrinhos, Alex Ross, e eu me senti privilegiada por ser a escolhida para introduzi-la, no filme. É muito importante para a história e para a jornada de minha personagem e sua evolução. Foi um processo longo, para encontrar uma maneira de torná-la prática e ainda assim bela, porque preciso fazer muita coisa vestindo a armadura. Estou muito feliz com o resultado, e espero que os fãs também gostem.
Tradução de Paulo Migliacci
Outro Canal: Ex-BBB Marcos Harter tenta censura prévia contra Record, mas Justiça nega pedido
Outro Canal: Namorada de delator do PCC morto fala sobre assassinato: 'Não pude fazer nada'
Rafa Kalimann e Allan Souza Lima terminam relacionamento após um ano de namoro
Sagitário e o amor: veja com quais signos o sagitariano tem mais química
Outro Canal: Portiolli sobe ibope do SBT aos domingos e cresce audiência no antigo horário de Eliana
Comentários
Ver todos os comentários