Kim Jong-un proíbe K-pop na Coreia do Norte e o compara a 'câncer vicioso'
Ditador norte-coreano aumentou pena para quem consumir a cultura
O K-pop é um estilo musical que está presente no mundo inteiro com grandes sucessos. O ritmo chegou à Coreia do Norte e incomodou o ditador Kim Jong-un, 37, que comparou a música vinda da Coreia do Sul a um "câncer vicioso".
Para ele, o k-pop corrompe "trajes, estilos de cabelo, discursos e comportamentos" da juventude de seu país. Segundo o jornal The New York Times, o líder pretende eliminar da sociedade norte-coreana qualquer influência da cultura pop sul-coreana, que chegou no país através de pen-drives vindos da China.
Kim aumentou, em dezembro de 2020, a punição para quem for flagrado consumindo qualquer tipo de entretenimento relacionado a K-pop em locais de trabalho. Antes a sentença era de no máximo cinco anos, e agora pode se estender até 15 anos de prisão.
Além da pena, a nova lei pode render até dois anos de trabalho forçado para quem falar, escrever ou cantar no "estilo sul-coreano" e até pena de morte para contrabandista. A mídia estatal afirmou que se a disseminação do fenômeno não for controlada, a influência pode fazer o país "desmoronar como uma parede úmida".
Segundo informações do jornal Daily NK, que possui sede em Seoul, as autoridades da Coreia do Norte já haviam pedido para que a população delatasse conhecidos que consomem a cultura do país vizinho, porém as pessoas não acataram à estratégia.
"Os jovens acham que não devem nada a Kim Jong-un. Ele precisa reafirmar seu controle ideológico sobre a juventude se não quiser perder a base para o futuro do governo dinástico de sua família", disse Jung Gwang-il, diretor de uma rede de contrabando de K-pop para a Coreia do Norte, em entrevista ao New York Times.
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O ditador Kim Jong-un proibiu a população de consumir K-pop na Coreia do Norte, e não da Coreia do Sul. O título foi corrigido.
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