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Artistas e celebridades lamentam incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio

Celebridades lembram importância histórica e cultural do museu

Leticia Sabatella
Leticia Sabatella lembra que museu destruído tentou sobreviver de vaquinha - Zé Carlos Barretta/Folhapress
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São Paulo

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio. ​Artistas e celebridades se manifestaram pelas redes sociais lamentando a destruição do museu, que sofria com o descaso.

Com 200 anos de história, estima-se que 20 milhões de peças se perderam. Entre elas, o fóssil de Luzia, o mais antigo das Américas.

A atriz Letícia Sabatella publicou diversas informações sobre a tragédia. Em um dos textos, ela disse que o público fazia até vaquinha para tentar preservar a instituição. "O Museu sobrevive com o mínimo de recursos do Estado. O público fazia vaquinha para ajudar na manutenção! São incêndios e tragédias que não são ainda mais frequentes nem sabemos porquê". 

Para Astrid Fontenelle, incêndio foi um crime. "Trata-se da instituição científica e do museu mais antigos do Brasil, tendo em maio último completado 200 anos", lembrou a apresentadora.  ​

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“Manifestamos nosso luto e solidariedade pela tragédia do Museu Nacional. Esse episódio precisa gerar um salto de consciência em toda a sociedade pelo fim do descaso com a preservação da arte e da cultura no Brasil. Muitos equipamentos e instituições públicas correm o mesmo risco. Não podemos permitir a destruição do nosso Patrimônio histórico”. ​
Caetano Veloso, Carlinhos Brown e outros artistas do grupo #342artes divulgaram essa mensagem nas redes sociais


​​“Que tragédia. Estou estarrecida e me perguntando que futuro tem um país que não cuida da própria história”. ​​​
Monica Iozzi, atriz e apresentadora, Instagram


“Descaso. A história cada vez importa menos. O museu mais antigo do país, e todo o seu acervo queimando e apagando o que importa de verdade. Mas afinal, o que é que importa de verdade, não é? Que retrato infeliz, Brasil. L U T O” ​​​
Ana Vilela, cantora, Instagram


“Uma tragédia para a História, a Cultura e a Ciência. Os três andares do palácio abrigam um acervo de 20 milhões de itens, incluindo documentos da época do Império; fósseis (o mais antigo do Brasil e que essa semana Gabriel estudou na escola); coleções de minerais; e a maior coleção egípcia da América Latina. Trata-se da instituição científica e do museu mais antigos do Brasil, tendo em maio último completado 200 anos. A visitação média mensal é de 5 a 10 mil pessoas. Eu me somaria a esse número esse ano!!! Um crime!!! E vem aí 20 anos sem investimento na área da educação.... Indo dormir arrasada”.​​Astrid Fontenelle, apresentadora, Instagram


“Um claro sinal para a reflexão sobre quem possa nos representar com gestos e palavras que priorizem paz, amor, cultura, sensatez, conhecimento e humanidade. Se ainda não se sabe quem possa nos representar, é bom que se pense em quem não deve nos representar. Tristeza pelo Museu Nacional”. ​​​
Victor Chaves, cantor, via Instagram


"Que tragédia! A história do Brasil queimando! 20 milhões de peças e documentos destruídos! Museu Nacional da UFRJ queimando inteiro, séculos de arqueologia, peças, esqueletos, cultura indígena, fauna, flora, tudo! Camadas de tempo e de história e conhecimento. 200 anos de documentos, toda a história do império queimado, paleontologia, antropologia do Brasil. Prédios históricos, tombados, muitos deles dentro dos quais damos aula, pesquisamos, orientamos. Essa precariedade não é descaso da UFRJ, não existe política pública para manter e conservar nosso patrimônio. É o mesmo descaso com o patrimônio, a pesquisa, a ciência e tudo que é PÚBLICO. O Museu sobrevive com o mínimo de recursos do Estado. O público fazia vaquinha para ajudar na manutenção! São incêndios e tragédias que não são ainda mais frequentes nem sabemos porquê. Na adversidade vivemos e as universidades fazem muito e muitissimo com muito pouco. Damos aulas em palácios, castelos, museus, hospícios históricos. O MAM queimou, o acervo de Helio Oiticica queimou, a Cinemaca Brasileira pegou fogo, o Museu da Lingua Portuguesa queimou! É muita falta de amor ao Brasil e sua cultura exuberante. Às vezes as metáforas se tornam literais . Um Brasil que está dando as costas para sua história e para seu futuro, queimando tudo o que prezamos! Imagem não de um acidente, mas da barbárie! É essa a política que está destruindo o país: Estado mínimo, plataformas privatizantes, odiadores da cultura, politicas de desinvestimento no comum!"
Letícia Sabatella, atriz

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