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Internautas relembram fala de filha de Rubens Paiva sobre Jair Bolsonaro: 'Covarde'

Vídeo que mostra relato de Vera Paiva sobre inauguração do busto do pai no Congresso Nacional alcançou mais de 500 mil visualizações no X

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Foto de Eunice Paiva e os filhos, tirada do livro "Feliz ano velho", de Marcelo Rubens Paiva, reproduzida no filme "Ainda Estou Aqui" - Editora Mandarim

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São Paulo

Após o sucesso do filme "Ainda Estou Aqui", internautas compartilharam nesta semana uma fala de Vera Paiva, filha de Rubens Paiva, sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O trecho é de uma entrevista concedida por ela ao Instituto Conhecimento Liberta em março deste ano.

No vídeo, Vera começa falando sobre um cartaz na porta do gabinete de Bolsonaro, quando ele era deputado, que dizia "quem procura osso é cachorro".

Ela, então, relembra a inauguração do busto de seu pai no Congresso Nacional. "Foi um dos primeiros marcos de memória, uma iniciativa do deputado Paulo Teixeira [hoje Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário] de produzir um busto do meu pai, que é o único desaparecido político do Congresso Nacional [...] É o único parlamentar cuja condição é desaparecido", diz.

De acordo com Vera, havia muita gente no dia da inauguração —parlamentares de todos os partidos, familiares e amigos. "O Bolsonaro passa na frente, no meio da família, provocando, como todo covarde. Não estava sozinho, ele estava com dois 'armários', duas pessoas grandes do lado dele. Na provocação, dá uma cuspida nesse primeiro, digamos, marco e símbolo de memória e de homenagem à Rubens Paiva", conta a filha do político no vídeo.

Ela complementa dizendo que o busto funciona como uma espécie de túmulo, que é visitado por familiares e amigos quando vão à Brasília. E finaliza falando sobre Bolsonaro: "É um covarde em ação, né? Para que isso? Mas é a característica dele."

Após a repercussão do filme de Walter Salles, o vídeo foi compartilhado por uma internauta e ultrapassou 500 mil visualizações no X (ex-Twitter).

Outra usuária da rede social também compartilhou o trecho e escreveu: "Sua narrativa revela o peso das feridas que permanecem abertas, destacando a importância de nunca esquecer para que a história não se repita."