Um jovem de 17 anos, diagnosticado com diabetes tipo 1 —doença autoimune que atinge cerca de 5% dos 20 milhões de portadores de diabetes no Brasi l— foi retirado da sala de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Sobradinho, Rio Grande do Sul, neste domingo (3). O alarme do sensor de glicose disparou uma vez, e os fiscais decidiram expulsá-lo do local.

Quem relatou o episódio nas redes sociais foi Rudnei Noro, pai do rapaz, que havia informado na inscrição do Enem a necessidade de monitoramento contínuo de glicose. O sensor é um aparelho que mede os níveis de glicose e emite um alarme para o celular quando ocorre alguma alteração.

No caso do jovem, o barulho do alarme foi considerado uma "perturbação" aos outros estudantes. Noro explicou ainda que o celular estava sob custódia de um fiscal de provas, mas, mesmo assim, o dispositivo emitiu o alerta automático para segurança do usuário.

"Meu filho foi obrigado a assinar uma ata antes de deixar a escola e informaram que ele não tinha direito a uma sala separada", relatou.

Noro lembrou que novembro é justamente o mês da campanha mundial de conscientização sobre o diabetes. "Falam tanto em ‘inclusão’, mas, quando chega na prática, constrangem, humilham, impedem um guri de 17 anos de correr atrás de seus sonhos."