É humanamente impossível não pensar no orgulho que os pais de um atleta olímpico devem sentir ao vê-lo em ação no maior evento esportivo mundial. Imagina se forem dois? Acontece, e nem é tão raro como pode parecer. Nestas Olimpíadas de Paris, há irmãos disputando medalhas em modalidades diferentes e também no mesmo esporte, com famílias de vários países do mundo sendo duplamente representadas nos Jogos.

Lukas e Júlia Bergmann têm dupla nacionalidade (alemã e brasileira) e os dois optaram por competir pelo Brasil. Ambos jogam vôlei e estão em Paris: ela na seleção feminina; ele, na masculina, claro. De novo: imagina o orgulho dos Bergmann ao vê-los em quadra? Júlia, 23, é jogadora no time turco THY e Lucas, 20, defende o Sesi Bauru e foi eleito o Jogador Revelação da última Superliga de vôlei.

Assim como eles, os irmãos Alan, 29, e Darlan, 21, foram convocados para representar a seleção brasileira no vôlei pela primeira vez em Paris. Filhos de Dona Cida e naturais de Nilópolis, na Baixada Fluminense, no Rio, a dupla mostra apoio mútuo nas redes sociais. Alan, no entanto, teve uma lesão e não deve disputar nenhuma partida.

No tênis de mesa, Giulia e Bruna Takahashi disputaram medalhas e, infelizmente, lamentaram juntas a derrota. A mais nova, de 19, costumava assistir à mais velha, de 24, treinar e se tornar a maior brasileira no esporte. Aos poucos, foi construindo seu caminho até estrear neste ano como titular.

Na vela, Marco e Martine Grael buscam medalhas separadamente. Martine é bicampeã olímpica e busca sua terceira medalha de ouro, ao lado da dupla Kahena Kunze. Os irmãos pertencem a uma linhagem grande de velejadores: são filhos de Torben Grael e sobrinhos de Lars e Axel Grael, todos atletas das águas, influenciados por Preben Schmidt, bisavô, que introduziu a paixão.

Além dos brasileiros, irmãos olímpicos se espalham por países como Estados Unidos, Jordânia, África do Sul e Japão. Conheça todos eles na galeria acima.