A irmã mais nova de Madeleine McCann, Amelie, falou pela primeira vez após 16 anos do desaparecimento de Maddie. A jovem acendeu uma vela em memória da irmã que desapareceu no dia 3 de maio de 2007. A garotinha britânica de três anos sumiu em Algarve, Portugal, durante férias com a família.

Durante o ato realizado nesta semana, no marco de 16 anos do desaparecimento de Madeleine, Amelie juntou-se aos pais, amigos e outros familiares no evento. Participantes acenderam velas para Madeleine e outras crianças desaparecidas. A jovem, hoje com 18 anos, disse pela primeira vez: "É bom que todos estejam aqui juntos, mas é uma ocasião triste." Amelie tem um irmão gêmeo, Sean, que ainda não apareceu diante das câmeras.

O vigário local, o reverendo Rob Gladstone, liderou orações pedindo aos reunidos que mantivessem a esperança. "Estamos aqui esta noite para mostrar nossa amorosa preocupação por Madeleine e por todas as crianças que foram tiradas de suas famílias contra sua vontade", disse ele.

"Também estamos aqui para encorajar uns aos outros a manter a esperança e orar por uma renovação de forças, mesmo depois de tanto tempo." Os pais de Madeleine, Gerry e Kate, também estiveram na vigília, mas não se dirigiram à multidão reunida.

O principal suspeito no caso, que até hoje permanece sem solução, é o alemão Christian Brückner. Em 2022, promotores da Alemanha o acusaram de três crimes de estupro e dois de abuso sexual de crianças em Portugal entre 2000 e 2017 —acusações que não estão ligadas ao caso McCann.

Um tribunal da cidade de Braunschweig, porém, rejeitou as acusações no mês passado. O advogado de Brückner, Friedrich Fuelscher, afirmou à agência de notícias Reuters que a decisão significa que as autoridades do município não têm jurisdição sobre o desaparecimento de Madeleine.

De 2007 até hoje, Madeleine foi "vista" cerca de 9 mil vezes e em mais de cem países, incluindo a Itália, onde foi confundida com uma sem-teto, mas todas as pistas eram falsas. Em fevereiro deste ano, uma jovem polonesa chegou a afirmar que seria Madeleine McCann.

Julia Faustyna, 21, mostrava fotos e vídeos em que comparava as imagens de Madeleine com suas próprias. "Eu acho que sou a Madeleine. Eu preciso de um teste de DNA. Investigadores da Polícia do Reino Unido e da Polônia estão tentando me ignorar. Eu vou contar minha história aqui. Me ajudem", escreveu ela na época.

Porém, a Polícia da Polônia investigou o caso e chegou a conclusão que Julia, que afirmava ser Madeleine McCann, não era a criança britânica desaparecida. A polonesa chegou a criar um perfil no Instagram dizendo ser a menina sumida desde 2007.