Casa com esculturas de demônios assusta cidade boliviana
Dono do imóvel afirma que ideia é atrair turistas; 'trará coisas boas, não más', diz
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Um mineiro boliviano cobriu sua casa com esculturas de demônios de chifres longos e outras criaturas assustadoras, com a intenção de ser uma homenagem ao passado colonial do país, mas chocou alguns vizinhos que temem uma ligação com rituais ocultos.
A casa de tijolos na cidade de El Alto pertence a David Choque, que contratou um artista para criar os demônios esqueléticos de cimento e madeira e os instalou em seu telhado, portas e paredes.
Há uma caveira preta na porta da frente da casa e dentes gigantes em torno de uma moldura na janela, abaixo da qual fica um dragão esculpido.
Choque disse à Reuters que esperava que a casa assustadora pudesse estimular o turismo local. "Pessoas de mente fechada vão pensar que é algo sobrenatural, mas as pessoas precisam abrir a cabeça e ver isso como uma atração turística, algo que pode melhorar a região", disse Choque, que vem de uma família de mineradores.
"Trará coisas boas, não más." Choque acrescentou que as esculturas são uma alusão à vida nas minas bolivianas séculos atrás, durante o domínio colonial espanhol, quando os indígenas locais eram assustados e forçados a cavar em busca de prata.
Os senhores coloniais mostravam aos mineiros imagens de demônios e os avisavam que seriam abduzidos pelos espíritos se recusassem a trabalhar.
Uma moradora, Maria Laurel, disse ter ouvido falar de rituais de nudez na casa. "Os vizinhos aqui estão com medo", afirmou. "A verdade é que isso me assusta."
Choque negou tais rituais e observou que representações semelhantes de demônios aparecem em altares nas entradas das minas, onde os trabalhadores geralmente deixam oferendas, acreditando que isso os protegerá.