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Bar temático dos Beatles em Liverpool se reinventa após cinco meses fechado

Banda se apresentou pela primeira vez no Cavern Club em 1961

Jon Keats, diretor da famosa casa de shows Cavern Club, que ajudou a lançar os Beatles ao estrelato global - Jason Cairnduff-20.ago.2020/Reuters

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Jason Cairnduff
Liverpool

"É quente, é cheio de suor, é lotado –essa é a reputação de antigamente com os Beatles, e ainda é um local adequado para rock and roll", disse Jon Keats, diretor do bar temático de Liverpool onde a exportação musical mais conhecida do Reino Unido iniciou sua carreira em 1961.

Essa frase agridoce explica por que visitantes de todo o mundo se aglomeravam no The Cavern Club para homenagear o fenômeno musical dos anos 1960 e por que agora ele está ameaçado diante da altamente contagiosa pandemia de coronavírus.

Keats fechou suas portas em março, quando a onda europeia de Covid-19 estava atingindo fortemente a Espanha e a Itália, e com o Reino Unido se encaminhando para a crise. Ele esperava ficar fechado por cerca de um mês. Cinco meses depois, o bar ainda está com as portas baixadas, a empresa perdeu mais de 600 mil libras (R$ 4,48 milhões) e 20 de seus 120 funcionários foram demitidos.

O negócio –que já foi próspero e também oferece tours temáticos dos Beatles em Liverpool– busca ajuda do governo para enfrentar a crise e calculou que pode sobreviver até março na pior das hipóteses. Mas, à medida que o país se adapta a uma nova vida dominada por máscaras e distanciamento social, Keats deve reabrir o bar na próxima semana para o International Beatleweek –um festival de seis dias.

"Eu odeio a frase 'novo normal', mas você tem de olhar para o seu negócio de forma diferente", disse Keats antes da reabertura. "É uma boa maneira de vermos como podemos fazer isso com uma mistura de música ao vivo e sets pré-gravados de bandas de todo o mundo."

Para cumprir as diretrizes do governo, apenas 150 pessoas poderão entrar no local, que normalmente comporta 500. Será uma vibe diferente, afirmou Keats, mas é um começo.

Reuters