Plantas medicinais: Saiba qual a melhor maneira de usá-las no dia a dia
Suas nobres funções estão nos fitoquímicos, vitaminas e sais minerais
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A fitoterapia é um estudo de interação das plantas medicinais com os seres humanos, sendo considerada uma categoria de tratamentos não convencionais. A principal característica dos vegetais é a capacidade de realizar a fotossíntese, que é utilizada para elaborar o alimento de que precisam, transformando a energia da luz em energia química.
O ser humano utiliza diretamente apenas uma reduzida parcela das espécies vegetais para alimentação, fibras para vestuário, medicamentos e material de construção. Para cada sinalizador vegetal, existe um receptor humano que reage a determinada mensagem enviada. Os efeitos são inúmeros: diuréticos, anticoagulantes, antissépticos, calmantes, estimulantes…
Conheça um pouco mais sobre as plantas medicinais e como usá-las?
COMO COMEÇOU O USO DE PLANTAS MEDICINAIS
Essa prática sempre existiu, afinal desde que o ser humano é ser humano interage com o reino vegetal. Milênios antes neste mundo já reinavam em plena simbiose espécies de plantas, com os mais diversos e elaborados sistemas, funções e total independência metabólica.
Os primeiros registros são conhecidos desde 28 mil a.C. a 5.000 a.C., na Mesopotâmia, onde sempre houve valorização do espírito e do sutil e as forças vegetais eram vistas como divinas, enquanto as doenças eram vistas como pecado ou inconsciências.
Nessa época, foram encontradas tábuas escritas com diferentes receitas e referências de usos das plantas, que utilizamos até hoje: infusões, fermentações e cataplasmas. Na China, 2.000 a.C., os primeiros registros herbais foram a partir da utilização do ginseng, canela e efedra. No Egito, 1.500 a.C. já existia uma coleção de mais de 800 substâncias.
Os preparos vegetais incluem plantas frescas, secas, raízes, cascas, folhas e flores com fins profiláticos ou terapêuticos. Suas nobres funções estão nos fitoquímicos, vitaminas e sais minerais. Essa troca entre vegetais e humanos sempre foi vista como algo intuitivo e empírico, muitas vezes envolveu ceticismo, descrença e condenação por muitos que acessavam informações superficiais sem experimentação.
O QUE MUDOU COM O AVANÇO DA FOTOTERAPIA
Entre 1990 e 1997, pesquisas na área da fitoterapia clínica teve muito incentivo nos EUA, movimentando mais de US$ 5 bilhões por ano na época, sendo hoje mais de US$ 22 bilhões –sem contar com a economia informal.
Existem mais de 370 mil plantas catalogadas –sendo mais de 55 mil espécies no Brasil– e ainda se acredita que mais de 80% da população mundial use as plantas como primeiro recurso terapêutico. Hoje, existe toda uma legislação e regulamentação para o uso das plantas, por conta dos intensos efeitos colaterais que elas podem gerar.
Existe maior necessidade de controlar a qualidade baseada na tecnologia moderna, identificação das partes vegetais, quantificação de compostos químicos, tornando possível a produção de medicamentos seguros, sem riscos de toxicidade.
Há também controle na otimização das condições do cultivo, determinação da fase e época ideal para colheita, padronização da seleção, eliminação de micro-organismos patogênicos, estabilização e secagem com destruição de enzimas, moagem da droga em circunstância de produção em laboratórios farmacêuticos até chegar na gaveta de casa.
PRINCIPAIS FORMAS DE USAR AS PLANTAS MEDICINAIS
As tinturas e alcoolaturas são de fáceis preparos caseiros, porém devido à legislação e regulamentação para fins comerciais, essas formas de administração devem ser prescritas por profissionais da área saúde com dosagens individuais bem estipuladas e manipuladas em farmácias legalizadas.
RECEITA FÁCIL PARA FAZER EM CASA COM PLANTAS MEDICINAIS
Suchá de abacaxi com hortelã com efeito diurético e limpeza do trato gastrointestinal:
- 1 rodela de abacaxi
- 4 folhas de hortelã
- 1 kiwi
- 1 folha de alface
- 1 xícara de infusão de cavalinha.
Passe a folha na centrífuga e bata o restante no liquidificador com um pouco de água. Depois, é só degustar e aproveitar seus benefícios.