Andre Marques diz estar com 'tesão de adolescente' com No Limite
Apresentador afirma que não aguentaria perrengues do programa
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Primeiro reality show de competição da TV aberta brasileira, o No Limite está de volta a partir desta terça-feira (11) na Globo. A atração, como o nome entrega, coloca os participantes em situações extremas e testa a resistência deles em condições adversas.
Além da exibição às terças-feiras, o programa terá um especial chamado No Limite - A Eliminação, com exibição às quartas-feiras, às 21h30, no canal pago Multishow, com reprise aos domingos após o Fantástico, na Globo. Será uma entrevista com o eliminado da semana falando sobre a experiência.
O formato é uma adaptação do Survivor, cuja versão americana já teve 40 edições. A atração é considerada a "mãe dos reality shows", embora no Brasil tenha sido ofuscada pelo voyeurismo proporcionado pelo Big Brother Brasil.
Não à toa, desta vez os 16 escolhidos para a empreitada são ex-BBBs. De acordo com o diretor LP Simonetti, foi "uma decisão artística para a volta do programa". Nas temporadas anteriores, realizadas em 2000, 2001 (uma em janeiro e outra em outubro) e 2009, os participantes eram anônimos.
"Acredito que o fato de o grupo já ter participado de outro reality não muda em nada o desafio que é o No Limite", diz o diretor ao F5. "A única semelhança, na verdade, é que eles já passaram pela regra básica: toda semana um vai sair e só teremos um campeão."
Ele avalia que mesmo os participantes que estiveram no grupo com maiores restrições dentro do reality show não estão preparados para o que vão encontrar no novo programa. "Eles viviam na casa do BBB com toda modernidade e conforto", lembra. "Mesmo na Xepa, eles tinham comida à disposição, camas confortáveis, água quente... E agora eles não vão ter nada disso."
Isso porque os participantes serão desembarcados na deserta Praia Brava, locação fictícia no litoral do Ceará, onde serão divididos em duas tribos, a Carcará e a Calango. E sozinhos terão de se virar para montar seus acampamentos na mata.
A cada programa, os dois grupos disputarão uma Prova de Privilégios. Quem ganhar, recebe objetos para tornar a vida no local minimamente mais confortável, como sacos de dormir, facas e fósforos. Depois, disputam uma Prova da Imunidade, em que o time vencedor garante a permanência no programa.
Por outro lado, a equipe perdedora tem que ir ao Portal da Eliminação, onde cada membro escolhe um participante para eliminar. Diferentemente do BBB, no qual a afinidade é um dos critérios mais citado no confessionário, aqui quem contribui menos para as provas é quem tende a receber mais votos.
Uma das provas mais lembradas das edições anteriores já foi confirmada na nova temporada. Trata-se da tradicional Prova da Comida, na qual os participantes têm que se deliciar com iguarias bizarras, como olho de cabra, cabeça de galinha, cérebro de bode, gafanhotos em calda de quiabo e vermes vivos.
"Quando você é tirado da sua zona de conforto, você descobre uma força que às vezes nem achava que tinha", diz Marques, em bate-papo com a imprensa, do qual o F5 participou, para apresentar o projeto. "Não é uma gravação no estúdio, com tudo certinho, paradinho. Tem todo um sigilo, um calor, lugares que são complicados de trabalhar. Estou feliz porque vou fazer uma coisa diferente."
Porém, o desafio é muito bem-vindo. "Estou me sentindo igualzinho a quando eu comecei em 'Malhação' [em 1995], porque eu era uma criança, tinha 14 anos quando eu gravei o piloto", afirma. "Estou me sentindo meio criança novamente. O que move o nosso trabalho são os desafios, as emoções. Estou com tesão de adolescente."
Ele lembrou que o No Limite estreou mais ou menos na época em que ele começou a trabalhar no Vídeo Show. Ele fazia uma sátira do reality na atração dedicada aos bastidores das produções da Globo. "Era um programa que eu era apaixonado", afirma. "A vida tem dessas coisas, né? Essas voltas."
Marques, que já estava acompanhando as primeiras gravações, disse que as condições no local eram extremamente adversas. "Estou usando protetor 70, 90", conta, com a pele visivelmente queimada. "Mas aqui é um sol para cada um. Passarinho está voando com uma asa e se abanando com a outra."
Ele afirma que tentou se preparar um pouco melhor fisicamente para a nova empreitada. "Uns dez diazinho antes, comecei a comer melhor e voltei a caminhar mais frequente", diz. "Mas se eu soubesse o nível da parada, tinha começado quando o Boninho [diretor do núcleo de reality shows da Globo] me convidou."
Sobre a vaga de apresentador, que era cobiçada por muitos e que chegou a ser dada como certa para ser ocupada por Marcos Mion, ele diz que o convite foi uma surpresa. "Eu tinha vontade, mas não passou pela minha cabeça a possibilidade de eu ser convidado", afirma.
Ele diz que comentou com os diretores o desejo ("vai que cola, né?"), mas como já estava escalado em outras atrações, não criou expectativas. "Quando eu tive a notícia, tremeliquei todo, né? Fiquei muito emocionado, chorando que nem uma cabrita desmamada."
Ao comentar o que os participantes estão enfrentando, ele avaliou: "É um perrengue que eu pensei que não era tão pesado, leva qualquer pessoa ao limite". "Eu particularmente não aguentaria", confessa. "Mas acho que é ao alcance de todo mundo, basta ter vontade de se superar e encarar um desafio."
"A gente julga que conhece o nosso limite", explica. "E, às vezes, você só vai ter certeza quando você for colocado a prova. Esse é um grande barato desse programa."