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A jornalista e ex-repórter da Globo Veruska Donato, 46, teve uma vitória na Justiça contra a ex-emissora, que agora foi condenada a pagar a ela uma indenização por danos morais de R$ 50 mil por "imposição de padrões estéticos". Cabe recurso. A Globo não comenta casos judiciais.
As informações foram confirmadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Veruska entrou com ação no ano passado e acusa a empresa de assédio moral e pressão para que ela se enquadrasse em um rígido padrão estético. Ela pedia R$ 13 milhões em indenização. E como o valor de R$ 50 mil tem caráter pedagógico, seus advogados vão recorrer.
A saída dela do canal aconteceu em 2021 após passar mais de dois meses afastada com o diagnóstico de síndrome de burnout (esgotamento físico devido ao trabalho). Na época da ação, Veruska relatou que a pressão estética teria piorado conforme se aproximava dos 50 anos, prática que atribuiu ao etarismo —discriminação por idade.
Segundo o relato dela nos autos, qualquer flacidez, ruga ou gordura considerada "fora do lugar" seria alvo de críticas pelos chefes e no setor de figurino da Globo. Apesar de não se pronunciar, a Globo já tinha dito em sua defesa que nunca pressionava profissionais nesse quesito.
Na decisão mais recente, também fica estipulado que a Globo deverá arcar com o pagamento de adicional por tempo de serviço, diferença de aviso prévio, diferença do 13º salário, vale-refeição, FGTS, multa, horas extras e adicional noturno.
O magistrado ainda anulou o contrato de PJ (pessoa jurídica) da repórter entre 2002 e 2021 e entendeu que ficou configurada a relação de emprego.
Colega de emissora entre 2012 e 2019, a jornalista Izabella Camargo depôs em favor de Veruska nesse processo. Ela foi chamada porque venceu outro caso em que provou que a empresa tinha responsabilidade por ela desenvolver síndrome de burnout.
A jornalista e ex-apresentadora do Hora 1 conseguiu na Justiça receber cerca de R$ 500 mil. Em sua fala em juízo, Izabella detalhou que chegou a ajudar Veruska Donato e apoiou a amiga para que ela não entrasse em depressão por não ter "um corpo ideal".