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Globo compra direitos e vai transmitir o Parapan após perder Pan de Santiago

Versão do evento para atletas que possuem alguma deficiência terá transmissão no SporTV e cobertura em TV aberta; competição acontece entre os dias 17 e 26 de novembro

Leomon Moreno, da seleção brasileira de goalball durante partida dos Jogos Parapanamericanos de Lima, em 2019 - Douglas Magno / EXEMPLUS / CPB

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Gabriel Vaquer
Aracaju

A Globo fechou nesta semana a compra dos direitos de transmissão do Jogos Parapan-Americanos, a versão do Pan-Americano para atletas que têm alguma deficiência. O evento começa no dia 17 e será finalizado no dia 26, em Santiago, no Chile.

O contrato foi fechado diretamente com o comitê organizador local do evento, e não teve intermediação da Panam Sports, que detém o direito da marca, e com quem a Globo não conseguiu um acordo para a transmissão do evento anterior.

O Parapan ocupará a programação do SporTV, o canal esportivo da Globo na TV paga. Em TV aberta, a emissora fará uma cobertura jornalística. Uma equipe de reportagem será enviada na semana que vem para a produção de conteúdo.

Nascido em São José do Brejo do Cruz (PB) em 1996, Petrúcio Ferreira dos Santos sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo. Campeão mundial e olímpico, é o atual recordista mundial nos 100 m e nos 200 m. Wagner Carmo - 9.jun.19/CPB/Exemplus/

Nascido em Campinas (SP) em 1988, Daniel tem má-formação congênita dos membros superiores e da perna direita. Soma 14 medalhas de ouro em Jogos Paraolímpicos, além de outras dezenas em Jogos Parapan-Americanos e campeonatos mundiais. Wagner Carmo - 27.abr.19/Exemplus/CPB/Wagner Carmo/Exemplus/CPB

Nascida em Tupã (SP) em 1995, a judoca Alana Maldonado descobriu a doença de stargardt, que causa perda progressiva da visão, aos 14 anos. Foi campeã do Campeonato Mundial de 2018 e medalhista de prata na Paraolimpíada do Rio-2016. Ale Cabral - 19.ago.19/CPB/

Ricardo Alves, o Ricardinho, nasceu em Osório (RS) em 1988. Um descolamento de retina aos 6 anos comprometeu a visão do principal jogador de futebol de 5 do país. Ele já foi eleito o melhor jogador do mundo duas vezes e conquistou com a seleção o tri dos Jogos Paraolímpicos e do Mundial. Marcio Rodrigues - 15.set.16/MPIX/CPB/

Carol Santiago nasceu em Recife (PE), em 1985, com a síndrome de morning glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. No fim de 2018, migrou da natação convencional, que praticava por lazer, para o esporte paraolímpico. Em menos de um ano, quebrou o recorde mundial dos 100 m peito. Ale Cabral - 26.abr.19/CPB/

Cátia Oliveira nasceu em 1991, em Cerqueira César (SP). Em 2007, aos 16 anos, sofreu um acidente automobilístico que lhe tirou o movimento das pernas. Trocou o futebol pelo tênis de mesa, esporte em que já ganhou a medalha de prata no Mundial de 2018. Ale Cabral - 18.ago.19/CPB/

Nascida em Itu (SP) em 1998, Mariana D'Andrea tem nanismo. Começou a praticar halterofilismo em 2015 e já conquistou a medalha de prata por equipes no Mundial de 2019, além de ser a recordista mundial júnior e das Américas (adulto). Ivo Felipe - 20.jul.19/CPB/

Lauro Chaman nasceu em 1987, em Araraquara (SP), com o pé esquerdo virado para trás. Uma cirurgia o fez perder o movimento do tornozelo e causou atrofia na panturrilha. Aos 13 anos, ele começou a competir em provas de mountain bike contra atletas sem deficiência, e aos 22, em provas de pista e estrada adaptadas, acumulando medalhas paraolímpicas e mundiais. Marco Antonio Teixeira - 20.mar.17/MPIX/CPB/Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) convocou 324 atletas de 17 modalidades para representar o país no Parapan de Santiago. Foram chamados também 10 atletas-guia do atletismo, três calheiros da bocha e dois goleiros do futebol de cegos.

O Brasil estará presente no atletismo, badminton, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol PC (Paralisados Cerebrais), futebol de cegos, goalball, judô, halterofilismo, natação, rúgbi em cadeira de rodas, taekwondo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro com arco e tiro esportivo.

Na última edição do Parapan, em Lima, no Peru, em 2019, o país entrou para história com recorde de conquistas. A delegação brasileira chegou à inédita marca de 308 medalhas, entre as quais 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Nunca nenhum país alcançou tantas vitórias em uma única edição de Parapan.

A ida da delegação brasileira para a capital chilena será dividida em grupos. O primeiro embarque está previsto para acontecer no próximo domingo (12).

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