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Diretores da Jovem Pan fizeram na semana passada reuniões em Brasília (DF) com políticos e ministros ligados ao presidente Lula. O ideia é tentar sinalizar que o canal de notícias da TV paga atenuou sua linha editorial e estabelecer uma relação mais cortês com o atual governo federal.
As conversas são lideradas por Marcelo Carvalho, vice-presidente da Jovem Pan e irmão de Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha. Carvalho vai a Brasília com frequência desde março, mas apenas agora começa a mostrar os resultados de uma série de demissões e reformulações que a empresa fez para tentar mudar sua imagem.
Uma delas foram os cortes de comentaristas considerados extremistas, como Augusto Nunes, Zoe Martinez e Rodrigo Constantino, entre outros nomes ligados ao bolsonarismo. Espera-se com isso também conseguir mais verbas de anúncios do governo. Desde o começo do ano, como mostrou a Folha, apenas R$ 2,4 mil foram investidos em publicidade federal na empresa.
Sob o governo Jair Bolsonaro (2019-2022), a rede de rádio e TV firmou contratos que somaram R$ 18,8 milhões, de acordo com informações públicas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República. Os números não contemplam publicidade de bancos e gigantes estatais, como a Petrobras.
A Jovem Pan afirma que tem dado liberdade para opiniões divergentes e para uma direita que, internamente, é considerada moderada. Um exemplo usado nas conversas foi o de Tiago Pavinatto, apresentador do Linha de Frente e comentarista do programa Os Pingos nos Is, que tem feito sucesso na TV por assinatura.
A tentativa de aproximação do governo também tem relação com o processo movido pelo MPF (Ministério Público Federal) contra a emissora. O órgão pediu a cassação de três outorgas de rádio da empresa.
A Jovem Pan, como informou o F5, já manifestou o desejo de entrar em um acordo e finalizar o caso sem que o caso chegue à Justiça. O MPF não se opôs. As partes vão se reunir no dia 24 em São Paulo (SP).