Prestes a completar 50 anos no ar no próximo mês de agosto, o "Fantástico" (Globo), terá atrações especiais para celebrar a data redonda. Ela inclui uma lembrança toda especial da famosa zebrinha, que dava o resultado da loteria esportiva nos anos 1970 e 1980. "Coluna um!", dizia o carismático bicho, piscando os olhos com longas pestanas.

A zebrinha foi um case na TV brasileira, ao anunciar os placares de partidas de forma divertida. Toda vez que um resultado era considerado inesperado, o bichinho soltava o seu famoso bordão, usado até hoje: "Ih, deu zebra!". Outros marcos do programa serão revisitados aos poucos.

O "Fantástico" pretende, assim, exaltar sua relevância, que ainda segue alta mesmo depois de cinco décadas. Dados obtidos pelo F5 mostram que, somente no primeiro semestre deste ano, mais de 130 milhões de pessoas assistiram à atração das noites de domingo comandada por Maju Coutinho e Poliana Abritta, com cerca de 1,1 bilhão de horas assistidas.

Edições chegam a ter uma média de 37 milhões de espectadores, em todos os estados brasileiros, de acordo com o Kantar Ibope. Só o bloco esportivo, apresentado por Alex Escobar por volta das 23h e que tradicionalmente é o último quadro do dominical, não raro chega a impactar 33 milhões de pessoas.

Os bons resultados se refletem em prestígio publicitário. Hoje, o "Fantástico" é o terceiro programa mais caro de se anunciar na emissora, atrás apenas do "Jornal Nacional" e de "Terra e Paixão", atual novela das nove. Um reclame de 30 segundos custa cerca de R$ 628,6 mil. Na frente, o telejornal de William Bonner e Renata Vasconcellos custa R$ 886,5 mil. A novela tem comercial de R$ 983 mil por peça publicitária.

Atualmente, em São Paulo, principal mercado de televisão do Brasil, o "Fantástico" tem média de 18 pontos na capital paulista. É o dobro em relação ao "Domingo Espetacular", da Record, que ocupa a vice-liderança em seu horário.