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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu uma liminar a favor da defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Jairinho, e impediu que a Globo exiba um episódio do programa Linha Direta que trata sobre o caso do menino Henry Borel, 4, morto em março de 2021.
A edição estava prevista para ser exibida nesta quinta-feira (18). A decisão foi confirmada ao F5 pelo órgão. Elizabeth Machado Louro, juíza que julgou o pedido, afirma que, como o caso ainda não foi julgado, "qualquer dinâmica dos fatos no programa não passaria de mera especulação."
Em novembro de 2022, a mesma magistrada decidiu que Jairinho e Monique, mãe de Henry, irão a júri popular pela morte da criança —eles são acusados de homicídio triplamente qualificado e o julgamento ainda não tem data para acontecer.
Ela entendeu que o episódio pode influenciar a imparcialidade dos cidadãos que participarem do júri, o que "prejudica o direito do réu a um julgamento justo."
Em outro trecho, a juíza afirma que a veiculação, sobre um caso ainda sob judice, pode ter consequências imprevisíveis por exacerbar as emoções do público, e que a ampla cobertura da imprensa e a repercussão nas mídias sociais se mostram um "palco de discussões, não raro absurdas, que extrapolam o conteúdo do processo e são muito mais contrárias" a Jairinho.
Procurados pelo F5, a Globo e a defesa do ex-vereador não responderam.
Em postagem no Instagram na tarde de terça-feira (16), Leniel Borel, pai de Henry, agradeceu o apresentador Pedro Bial pela produção do episódio.
"É muito difícil como pai ter que lutar todo dia para provar o óbvio. Gratidão eterna a imprensa brasileira que nos ajuda pedindo justiça na proporção da brutalidade, da monstruosidade que aqueles dois cometeram. É inadmissível qualquer tipo de impunidade após tantas provas noticiadas e comprovadas no processo."