Jovem Pan faz editorial e se coloca contra atos golpistas
Emissora defende a democracia e diz ser defensora do 'direito de discordar'
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A Jovem Pan publicou um editorial nesta quarta-feira (28) condenando qualquer tipo de ameaça à posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) daqui a quatro dias, em Brasília. "O próximo dia 1º de janeiro abrirá mais um capítulo na história da nossa República. Um novo governo tomará posse, e, nos termos do artigo 78 da Constituição de 1988, estabelecerá o compromisso de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.", disse o âncora Adalberto Piotto no início do comunicado.
A emissora tratou logo de marcar seu posicionamento a favor da democracia. "Ainda que visões políticas e ideológicas dissonantes tenham dividido a população em lados opostos, é crucial que todos entendam que essas divergências são pilares fundamentais da democracia. Não existe espaço para ameaças, para violência ou para que se coloque sob suspeita a realização da transição de governo."
Piotto continuou destacando no comunicado o papel da emissora, que entrou no ar em outubro do ano passado. "A Jovem Pan não faz coro e não endossa qualquer lampejo golpista, ato de violência ou o uso retórico irresponsável de instrumentos constitucionais como o artigo 142 da Constituição."
O editorial ainda diz que a empresa vem sendo vítima de fake news e reforça o que considera o óbvio. "A Jovem Pan nunca vai apoiar qualquer manifestação que caminhe na direção do enfraquecimento ou da destruição de nossas instituições. Somos defensores do direito de discordar e vamos exercer o papel de críticos sempre que necessário."
Desde a eleição de Lula, a Jovem Pan, que nos últimos quatro anos apoiou o presidente Jair Bolsonaro, do PL, dispensou importantes nomes do seu elenco, como Augusto Nunes, Caio Coppolla, Carla Cecato, Guilherme Fiuza e Guga Noblat. A comentarista Ana Paula Henkel também deixou a emissora após as demissões.