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A apresentadora da CNN nos Estados Unidos Erin Burnett caiu em lágrimas nesta quarta-feira (16) enquanto entrevistava um pai ucraniano que recentemente soube que sua esposa e dois filhos foram mortos durante uma invasão russa à Ucrânia.
Serhiy Perebyinis, 43, disse que considera as mortes uma "perda insuportável", e que depois de dirigir por três dias e invadir o local onde estavam os corpos de sua família, conseguiu recuperá-los junto aos restos mortais de um cachorro de estimação.
O ucraniano estava no leste do país cuidando de sua mãe doente, quando sua esposa, Tetiana, 43, tentou fugir com seus dois filhos, de 18 e 9 anos.
Na entrevista, a apresentadora perguntou a Perebyinis sobre a última conversa que ele teve com sua esposa na noite anterior à morte dela. "Aquele foi o dia em que já não tinha água, luz, gás, e a gente discutiu. Falei com ela às 22h, embora naquele momento também não houvesse conectividade. Mas consegui conversar e debatemos sobre a possível evacuação", disse.
"No último momento, no entanto, o comboio com o qual ela planejava viajar foi bombardeado e alvejado. E então ela veio a pé para a ponte, tentando escapar a pé."
Em seguida, Burnett perguntou sobre os filhos do ucraniano e, neste momento, se emocionou em frente às câmeras, abaixando o rosto e limpando as lágrimas do rosto.
O pai explicou que usava a geolocalização do Google para ficar a par do paradeiro de sua família e que, na manhã do dia em que ocorreram as mortes, notou como a localização era "incomum". "Percebi que havia uma geolocalização incomum entre Kiev e seu alfinete. E 20 minutos depois, o telefone dela mudou para outro local, para um hospital em Kiev. E suspeitei que algo estava errado", disse.
Perebyinis disse que pediu a amigos que fossem ao hospital para descobrir qualquer informação sobre sua família, mas que acabou descobrindo o destino de sua família por meio de uma notícia no Twitter.
"Eu vi uma foto no Twitter e reconheci meus filhos. Reconheci suas coisas e suas roupas. E liguei para meus amigos para dizer que as crianças estavam mortas. Seus corpos estavam deitados na calçada", lamentou.