Com efeitos e batalhas, 'Reis' quer ser a maior novela bíblica da Record
Trama da Record será dividida em temporadas com diversos protagonistas
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Com a promessa de se tornar a maior trama bíblica da Record, estreia nesta terça-feira (22) a novela "Reis", projeto dividido em temporadas que apostará nos efeitos visuais e em batalhas épicas para chamar a atenção do público. A história é de Raphaela Castro, com texto de Meuri Luiza, Marcos Ferraz e Rodrigo Ribeiro e direção do argentino Juan Pablo Pires.
"O mais interessante são as diferentes histórias, a ação, as aventuras, os romances e as surpresas que a série vai despertar no público. Todos vão poder se emocionar e aprender", explica Juan Pablo.
A emissora já gravou em sua totalidade a primeira fase, que leva o nome "A Decepção". Ao todo, serão 20 episódios na primeira leva e mais 45 na segunda, com o nome "A Rejeição". Já a terceira fase, cujo nome ainda não foi divulgado, está ainda no início da produção.
Segundo a emissora, um software de inteligência artificial tem sido usado para as cenas de guerra. São 67 ambientes cenográficos, entre eles uma representação de um deserto de mais de 30 mil metros quadrados, 22 mil peças de figurino entre roupas e acessórios e 92 atores envolvidos só para a primeira fase.
A cada momento, novas tramas e personagens marcarão presença para contar a história de IsraelA narrativa vai mostrar ao longo dos episódios Davi e seu amor e fidelidade a Deus assim como seu filho, Salomão, conhecido pela sabedoria que chega ao reinado e se perde em sua vaidade.
Para tudo isso, muitos efeitos visuais serão utilizados, sobretudo nas cenas de batalhas épicas que fazem lembrar séries como "Vikings". "Os efeitos vão ser maravilhosos, eles fazem parte da escola que eu exerço, pois só sei fazer projetos com essa linguagem cinematográfica. As batalhas e eventos merecem um nível de impacto grande", comenta o diretor.
A primeira fase especificamente vai retratar o afastamento de Israel em relação a Deus e o péssimo exemplo dado por aqueles que um dia foram escolhidos para conduzir a nação rumo aos caminhos do Senhor. No centro desse debate está um juiz negligente, Eli, vivido pelo ator José Rubens Chachá, e seus filhos rebeldes na condução de um povo, Hofni (Vinícius Redd) e Finéias (Edu Porto).
"Meu personagem é um juiz supremo de Israel antes mesmo da aparição dos Reis. Coordenava as partes social e política, e respondia por tudo. Sempre foi de retidão impar, mas aos poucos foi se corrompendo pelo amor que tinha pelos filhos. Eu como pai de cinco sei quando um pai tem seus pecados", comenta Chachá ao defender as ações de seu personagem.
Com o decorrer do tempo e de suas escolhas, Eli acaba arrastado ao precipício e castigado por Deus. "Esse sacerdote leva aos israelitas uma falta de fé e um esfriamento entre seu povo e Deus por essa postura irracional de conceder aos filhos um poder que eles não deveriam ter", emenda o ator.
Na linha de frente desse povo está Jotã (Duda Nagle), israelita e comandante do exército em Israel. Sério, focado e destemido, tem personalidade forte e faz o que precisa ser feito para defender seu povo tal qual uma vocação divina.
"Os momentos mais épicos serão as batalhas. Ele terá de lutar contra exércitos mais opressivos e poderosos com ataques surpresas e desleais dentro de sua própria terra. Ele vê familiares morrendo e tem de continuar", define Nagle.
As cenas trarão muita emoção. Ele avalia que a mensagem por traz do personagem reforça a importância da força e da fé inabalável. "Jotã é como cão pastor que está ali para proteger o rebanho. Esse personagem me fez melhorar como ser humano, uma inspiração", revela.
Do outro lado estará o povo filisteu chefiado pelo rei soberano Guedór (Anselmo Vasconcelos) e a rainha Anainér (Silvia Pfeifer). Elegante e refinado, Guedór é fiel à amada e consegue tudo o que quer com seu poder de fala.
"Ele é um guerreiro que chegou à idade madura com uma inteligência militar rara. Assim, vai conquistando territórios e seu projeto é chegar em Canaã. Porém, mais para frente ele sofrerá um baque após ser derrubado por uma força maior que não encontrou nem mesmo nas batalhas mais duras", diz o ator.
Já a rainha, capaz de fazer qualquer ato para livrar seus filhos do mal, conseguirá tudo o que quer do rei apenas com sua potência e charme. Para a atriz Silvia Pfeifer, a personagem será um exemplo.
"Através da minha personagem, posso mostrar que a garra, a determinação e a certeza do amor ao próximo, independentemente da época, já que estamos falando de 700 anos antes de Cristo, são trunfos para uma mulher conquistar seu espaço", afirma.
Anainér será a primeira personagem de época da carreira de Silvia. Ela conta mais detalhes de como foi a preparação para encarar o novo desafio. "Os homens demoravam mais de duas horas para se arrumar, e eu em torno de uma hora e meia. Colocava megahair, adereços, um pouquinho de maquiagem e um corselet para fazer essa rainha caminhar de forma elegante."