Televisão

Ticiana Villas Boas diz que gravidez deu sensibilidade a Duelo de Mães

Apresentadora, prestes a dar à luz, inicia projeto fixo na grade da Band

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São Paulo

Prestes a dar à luz uma menina, cujo nome só será escolhido quando ela sair de dentro da barriga, a apresentadora Ticiana Villas Boas, 41, revela que se tornou uma pessoa ainda mais sensível por gravar o Duelo de Mães, agora na Band, e ao mesmo tempo carregar seu terceiro filho no ventre.

Comandante e idealizadora do reality culinário, ela conta que não teve dificuldades nas filmagens, mas que todos os cuidados foram tomados. A atração chega à Band no próximo dia 21, às 20h25, após ser apresentada por ela no SBT de 2016 a 2020.

“Fiquei mais sensível, especialmente no olhar com relação às mães. Minhas perguntas e minha aproximação com elas sempre tinham mais a ver com a relação de amor com o filho do que com a receita e a cozinha em si. Quando eu me proponho a fazer algo para os meus filhos, é com essa proposta da memória afetiva, do cuidado, do carinho”, diz ela.

Na dinâmica da atração, cujo prêmio é de R$ 5.000, primeiro as mães dos artistas colocam a mão na massa para realizar um prato especial. Depois, numa segunda etapa, será a vez de os filhos famosos mostrarem -ou não- seus talentos atrás do fogão. Na terceira etapa, os filhos precisam adivinhar, de olhos vendados, qual comida foi feita por suas mães.

Dentre os famosos que levarão sua família à atração estão os cantores Bruno (dupla de Marrone), Negra Li, Fabiano (dupla de César Menotti), banda Melim, o sertanejo Tierry e a dupla João Neto e Frederico, além dos apresentadores Karina Bacchi e Zeca Camargo e da ex-ginasta Daiane dos Santos.

A atração virará fixa na programação da emissora e Ticiana voltará a gravar inéditos meses após o nascimento da filha, em meados de novembro. “Ainda não pensei exatamente na dinâmica da volta, no desapegar. Sempre trabalhei até o último dia de gestação, com ela não está sendo diferente. Ser mãe é isso, aprender a montar dinâmicas para fazer tudo acontecer.”

CONFIRA TRECHOS DA ENTREVISTA


Quais as principais novidades do Duelo de Mães na Band?
Agora teremos famosos com a mão na massa, o que vai proporcionar momentos divertidíssimos e alguns bem tensos. Esse momento acontece na segunda prova do programa, quando o famoso tem que cozinhar e a família só pode ajudar falando. Em alguns episódios, também teremos convidados cantando. E a principal novidade é que agora não somos mais por temporada, mas, sim, fixos na grande.

Como recebeu a notícia de que viraria fixo na grade?
Eu fiquei muito feliz, porque mostra o quanto a emissora acredita no produto. Quando fechei com a Band, tínhamos acordado de ser por temporada, mas, com a evolução das gravações e os resultados delas, fui chamada para uma nova conversa. Temos uma história deliciosa para contar em 2021 e 2022 inteirinhos.

Teve algum famoso se enrolando na hora de cozinhar?
Já vou começar defendendo [risos]. Todos se esforçaram muito, mas digamos que alguns não conseguiram entender bem a dinâmica da cozinha. O [cantor sertanejo] Thierry foi um deles. Agora o momento engraçado foi com o Bruno, que faz dupla com o Marrone. Quando chegou a vez dele de cozinhar, entrou num modo desespero tão grande que, em dado momento, todo o estúdio estava rindo porque virou uma operação de guerra [risos].

Como foi gravar no meio da pandemia?
Meu maior desafio foi ter certeza de que nada aconteceria à minha equipe e aos convidados. Queria muito realizar o programa agora, até porque o mercado audiovisual sofreu muito com a pandemia e com a produção geraríamos empregos. Posso te dizer com 100% de certeza que atingimos a meta. Não tivemos nenhuma baixa na equipe. E pessoas externas que tiveram o vírus nós detectamos antes de a pessoa chegar ao estúdio.

E quanto a gravar estando grávida? Foi mais difícil?
Foi tranquilo pelo fato de que sempre trabalhei durante as gestações [foram outras duas]. Só no final foi cansativo, mas é gratificante porque eu gosto do que faço. Fiz questão de me envolver em todos os momentos do programa.

O Duelo é um projeto seu, mas que ainda poderá ser visto no SBT?
Sim, todo o formato e o nome me pertencem, mas, por questões contratuais, o SBT ainda pode usar os episódios que foram produzidos na emissora [de 2016 a 2020] no streaming e nas redes sociais deles. Na Band, eu estou produzindo em estúdio. Diferente do SBT, que era em uma locação aberta onde tínhamos restrição de tempo por causa de luz, mudanças de clima e outros fatores externos.

Haverá mais investimento no programa agora em nova casa?
Na verdade, a Band me fez um convite para eu integrar o casting da emissora. Quando sentamos para conversar, sugeri produzirmos o Duelo de Mães porque já era um formato meu e eles gostaram muito da ideia. Agora vamos trazer novos investimentos para melhorar ainda mais a qualidade do produto final.

Estar grávida te despertou novos sentimentos na condução do programa?
Acho que fiquei mais sensível, especialmente no olhar com relação às mães. Minhas perguntas e minha aproximação com elas sempre tinham mais a ver com a relação de amor com o filho do que com a receita e a cozinha em si. Cozinhar para um filho é um ato de amor e eu, como mãe, consigo enxergar isso muito claramente. Quando eu me proponho a fazer algo para os meus filhos é com essa proposta da memória afetiva, do cuidado, do carinho, da comida gostosa da mamãe. Então, eu fiquei mais sensível valorizando ainda mais essa postura como mãe.

O que difere o Duelo de Mães de outros realities culinários?
O principal é a memória afetiva, porque no programa, logo de cara, procuramos trazer receitas que as mães já fazem para a família, receitas de gerações. O programa tem em suas bases a história da família estar reunida na cozinha, o que com certeza vai gerar a identificação com o público. Além disso, tem o fato de o nosso formato ser brasileiro.

Você se arrisca na cozinha ou aprendeu algo com o programa?
Eu cozinho algumas coisas como massas e risotos. Segundo meu filho mais velho [Joesley, 6], meu bolo de chocolate é o melhor do mundo. Com certeza eu fico observando e pego várias dicas tanto com o Dalton Rangel, que é o chef do programa, quanto com as mães. Por enquanto, fico só na apresentação, quem sabe em uma edição especial não me arrisco em competir como participante?

Você voltará a gravar inéditos em novembro. Como será deixar a recém-nascida em casa?
Ainda não pensei exatamente na dinâmica da volta, no desapegar, por enquanto só sei que em novembro eu volto. Sempre trabalhei até o último dia de gestação, com ela não está sendo diferente. Ser mãe é isso, aprender a montar dinâmicas para fazer tudo acontecer. Então, se precisar a gente monta um espaço para ela no meu camarim.

Ela já tem nome? Como está a expectativa?
Nome ainda não escolhemos, queremos esperar ela nascer e aí vamos olhar para o rostinho dela e decidir. É minha terceira gravidez, então a gente tira mais de letra. Tem corrido tudo como esperado. Como te falei, tenho trabalhado normalmente e assim está programado para ser até ela chegar. De certo mesmo, só que ela vem em agosto, agora o dia é com ela. Quanto a ter mais filhos, agora nós fechamos a fábrica. Três filhos já está bom demais.

Como os meninos têm reagido a essa novidade?
O maior, de 6 anos, está gostando. Ele é mais maduro, já entende mais por conta da idade e tem uma personalidade muito segura e autoconfiante. Ele sabe o espaço dele desde quando o outro nasceu [Joaquim, 2]. O pequeno ainda não entende. Ele acabou de fazer dois anos e esse, sim, é com quem eu estou mais preocupada e ansiosa para saber qual será a reação dele. Ele é o bebê da casa ainda, usa chupeta, acho que vai sentir.

Ele já demonstra ter ciúme?
Ele já tem uma personalidade de ser mais ciumento, mais grudado em mim. Com o pequeno, estou realmente preocupada, mas nada que uma boa dose de amor, carinho e atenção não resolva. A gente [Ticiana é casada com o empresário Joesley Batista] vai se dividir para encher ele de amor e segurança para ele perceber que o espaço dele não será diminuído com a chegada da irmã.

Você sente saudade do jornalismo ou se encontrou no entretenimento?
Para o jornalismo diário, hard news, não me vejo voltando, porque não se encaixa com a minha vida atual. Foi por isso que eu saí da Band [em 2015], pois além de achar que eu já tinha um ciclo bem completo como repórter [dois anos] e como âncora do Jornal da Band, onde fiquei por sete anos apresentando ao lado do [Ricardo] Boechat (1952-2019), eu acho que foi um ciclo que se fechou com muito sucesso. Estou muito feliz e realizada.

Que balanço faz?
Fui em busca de outros aprendizados no entretenimento onde me realizei como criadora de formatos, diretora e produtora. E aí eu consigo adequar à vida da família e organizar melhor minha agenda. De formação e de alma eu sou jornalista. Continuo trabalhando contando histórias e me aproximando das pessoas, procurando sempre mostrar vários lados de um acontecimento, mesmo no entretenimento. Então, a jornalista sempre estará em mim.