Televisão

Elenco de 'Flor do Caribe' reflete sobre fascismo na trama: 'A paródia virou realidade'

Novela com Grazi Massafera será reprisada na Globo a partir de 31 de agosto

Alberto (Igor Rickli), Ester (Grazi Massafera) e Cassiano (Henri Castelli) em 'Flor do Caribe' - João Miguel Jr./Divulgação

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São Paulo

Escolhida pela Globo para ser a próxima novela a ser reprisada na faixa das 18h, “Flor do Caribe” reestreia no próximo dia 31 de agosto. Originalmente exibida em 2013, o folhetim conta a história de desafios e amor entre a guia de turismo Ester (Grazi Massafera) e o piloto Cassiano (Henri Castelli).

O diretor Jayme Monjardim acredita que os elementos de romance e aventura fazem com que a trama continue sendo atual. “Não acho que [a novela] envelheceu nem um pouco. Toda história de aventura, todo romance, não envelhece. E não existem temas na novela que ficaram para traz. Ela é muito atual”, afirma.

A atriz Claudia Netto, que deu vida à Guiomar, chama a atenção para temáticas como o fascismo e o racismo, também presentes na novela. “Mais atual, impossível. Olha o Brasil, esses tipos de pessoas tomando a palavra. Acho esse momento perfeito [para a reexibição da novela]”, diz.

“[A trama] Era uma paródia. E agora, a paródia virou realidade”, completa Jean Pierre Noher, o intérprete de Duque. “Mas continua sendo uma novela alto astral, que toda a família pode ver”.

A trama de "Flor do Caribe" se passa em Vila dos Ventos, cidade fictícia situada no litoral brasileiro, e tem grande parte das cenas gravadas nas praias do Rio Grande do Norte, além de locações na Guatemala.

Monjardim conta que já buscava por um ambiente com determinadas características na América Central, e quando encontrou a Guatemala, ficou maravilhado com os “cenários mágicos” do país. ”Não foi fácil”, diz ele. “É uma gincana, você organizar toda essa viagem, o processo, ver locações… Mas ao mesmo tempo, é fantástico”.

Por outro lado, valorizando o litoral do Rio Grande do Norte, ele afirma que a novela é uma chance de os brasileiros explorem mais "o Brasil que não conhecem". “Eles sonham ir para Miami e esquecem que temos um Brasil lindo de morrer".

José Loreto, que interpreta o inocente Candinho na trama, elogia o trabalho do diretor e acrescentar que a “fotografia única” do folhetim só foi possível por causa das locações. Para ele, a novela é perfeita para assistir durante a quarentena, já que tem aspectos “leves e solares", funcionando como "um respiro".

"O clima da novela foi incrível. Acredito que a audiência tenha sido enorme antes, e vá ser ainda maior", afirma Netto. “Imprimimos essa felicidade com prazer, e com certeza ela vai transbordar agora, num momento que é muito difícil para todos nós”, acrescenta Cinnara Leal, a intérprete da dançarina Nicole. Noher conclui: "Tem romance, alegria. É uma novela necessária nesse momento para juntar toda a família".