Televisão

Repórter do Fox Sports é assediada ao vivo com tentativa de beijo no Maracanã

Karine Alves já toma as medidas cabíveis perante o caso

Repórter Karine Alves dava informações quando foi surpreendida - Reprodução
São Paulo

A repórter do Fox Sports Karine Alves foi assediada ao vivo enquanto dava informações aos telespectadores a respeito do clássico entre Flamengo e Fluminense, na quinta-feira (14), pela semifinal da Taça Guanabara, no Maracanã. Um torcedor que vestia a camisa do Flamengo tentou beijar o rosto dela. Como reação, a repórter se esquivou e continuou a dar os detalhes do jogo.


Nas redes sociais, Karine fez um desabafo, agradeceu pelas mensagens de apoio recebidas e falou sobre o momento pelo qual passou. “Sou mulher, mas também jornalista, apresentadora e repórter. Ninguém tem o direito de desrespeitar uma pessoa ou alguém durante o trabalho. Seja forçando um contato físico, como um beijo ou abraço, quando não há consentimento. O nome correto para isso é importunação sexual”, disse.


A repórter, que trabalha no meio esportivo há 12 anos, conta que vai continuar a atuar em grandes eventos e em jogos, já que “levar informação ao telespectador é a missão diária”. Ela revela também que medidas estão sendo tomadas. “Já tomei todas as providências legais cabíveis que estavam ao meu alcance”, diz.


Em nota, o Fox Sports diz repudiar o ato. “O Fox Sports repudia veementemente tal desrespeito sofrido por Karine e lamenta que a repórter tenha passado pelo constrangimento enquanto exercia sua missão, que é de levar informação ao público. A emissora está dando todo o suporte para a profissional”. 


Casos como esse já aconteceram diversas vezes. Durante a cobertura dos jogos da Copa do Mundo na Rússia, a repórter do Grupo Globo Júlia Guimarães quase foi beijada enquanto se preparava para uma entrada ao vivo. “Nunca faça isso. Eu não te autorizo a fazer isso. Não é educado. Nunca faça isso”, disse ela ao torcedor assediador. Foi a segunda vez que ela passou por uma situação dessa no mesmo Mundial.

Repórter Júlia Guimarães sofreu assédio durante a Copa do Mundo da Rússia - Reprodução


A repórter Fabíola Andrade, do SporTV, esteve envolvida em um outro caso, em novembro do ano passado, mas ela negou que sofreu assédio. Em um jogo de futebol, a repórter de campo aparece à beira do gramado e um companheiro de emissora parece colocar uma das mãos em seus glúteos. Com a repercussão do caso, Fabíola resolveu se pronunciar. “A respeito do vídeo que está circulando, queria dizer que vi por outros ângulos e conversei com meu colega que trabalha comigo há cinco anos. Não aconteceu assédio. Ele estava manuseando o cabo de áudio que fica preso à minha roupa”, postou.


Mais recentemente, em janeiro, a jornalista Bruna Drews denunciou José Luiz Datena ao Ministério Público de SP e o acusou de abusos enquanto funcionária do Brasil Urgente, na Band. Segundo ela, o apresentador a chamava de palavras ofensivas. Datena nega as acusações e se pronunciou no ar sobre o caso.


Repórter da Fox Sports México, María Fernanda Mora foi apalpada ao vivo durante uma cobertura de um jogo de futebol no país. A reação dela foi virar para empurrar o agressor.