Taylor Swift: após tragédias, fãs da cantora somem da porta do hotel onde ela se hospeda
Não havia um único swiftie em frente ao Fasano, nesta segunda (20), dias depois de cenas de histeria no mesmo local e com a cidade em clima de tensão
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Quanta diferença. Outrora festiva e cheia de jovens ensandecidos para ver Taylor Swift de perto, a porta do Hotel Fasano, em Ipanema, estava às moscas na tarde desta segunda-feira (20), no Rio.
Se no dia em que ela desembarcou na cidade, na última quinta-feira (17), os swifties cantavam suas músicas e confraternizavam em clima de quase histeria enquanto esperavam por uma aparição da diva na janela ou algum tipo de interação, por mínima que fosse —talvez um tchauzinho de dentro do carro com placas ilegalmente cobertas?—, nesta segunda (20), o cenário é bem diferente.
Não há um único ser humano à sua espera em frente ao hotel. Nada. Zero.
E não dá nem para jogar a culpa na temperatura. O Rio vive nesta segunda-feira de feriado da Consciência Negra um de seus dias mais frescos das últimas semanas. A máxima registrada até o meio da tarde foi de 26°C, quinze graus a menos do que o registrado na sexta, quando havia todo aquele furdunço característico de porta de hotel luxuoso com celebridade lá dentro (Rihanna, em 2014, no mesmo Fasano, que o diga).
Foi também no calor inclemente de sexta que morreu Ana Clara Benevides, 23, provavelmente vitimada pela alta temperatura no Estádio do Engenhão, onde ela chegou cedo para pegar um lugar colado à grade. O laudo ainda não confirmou ser esta a causa mortis, mas tudo indica que sim.
De lá para cá, tragédias e acontecimentos estranhos e desagradáveis aconteceram no Rio, o que pode ajudar a explicar o sumiço dos swifties —raça das mais guerreiras e leais do showbusiness mundial—da porta do hotel.
Fãs enfrentaram arrastões na saída do Engenhão; um estudante de 25 anos foi assassinado a facadas por um assaltante em Copacabana; motoristas de táxi passaram a fazer as corridas "no tiro", quintuplicando o valor das corridas sem o taxímetro ligado; veio à tona uma malandragem da comitiva de Taylor, que para circular livremente por vias exclusivas do Rio, cobriu com plásticos pretos as placas de seus carros, o que é considerado crime gravíssimo no Brasil.
Foi num desses carrões que a loirinha embarcou, naquela sexta em que tudo parecia apontar para um fim de semana 'good vibes' no colorido mundo da cantora americana. Apesar do apelo dos fãs, o motorista acelerou, meteu o pé. Taylor sequer cumprimentou seus súditos, quer dizer, seus admiradores, que a esperavam há horas em frente ao hotel, na Avenida Vieira Souto.
Depois que Ana Clara morreu, ela postou um comunicado lamentando a morte da moça, já avisando que não tocaria mais no assunto —e cumpriu à risca o prometido. Talvez essa sucessão de atitudes e acontecimentos ajude a explicar o chá de sumiço dos swifties da porta hotel onde Taylor se hospeda em sua atribulada (para dizer o mínimo) passagem pelo Rio.