O lançamento de "Magia Amarela", música lançada em parceria entre Juliette e Duda Beat como campanha publicitária da marca alimentícia Bauducco, foi dominado pelas acusações de plágio ao projeto audiovisual "AmarElo", de Emicida. O irmão do cantor, o produtor Evandro Fióti, diz que alguns aspectos foram roubados

"Eles roubaram a paleta de cores, eles roubaram o conceito, eles roubaram parte da letra, eles roubaram a tipografia", disse Fióti em live do Instagram. Internautas também compararam a paleta de cores, a fonte e a posição dos artistas nas fotos de divulgação, apontando semelhanças.

Por outro lado, diferentes usuários das redes sociais dizem que a fonte usada na campanha é característica da Bauducco. É também o que diz a marca em nota divulgada à imprensa: "A tipografia prevista para os materiais gráficos de divulgação seria a mesma já usada pela marca, tanto nas embalagens como em outras campanhas".

A ideia da campanha teria sido pensada para o próprio Emicida, que chegou a receber convite, segundo Fióti. Com recusa do cantor, a marca teria dado continuidade ao projeto, convocando Duda Beat e Juliette como intérpretes. As cantoras não tiveram participação criativa, como afirmaram em seus comunicados à imprensa.

Com todas as supostas semelhanças, Carla Guttilla, advogada especializada em Propriedade Intelectual, opina que a discussão sobre plágio é complexa, mas que não há apropriação neste caso. "Do ponto de vista do direito de propriedade intelectual, entendo que a palavra Amarelo não pode ser objeto de proteção. Da mesma forma, a brincadeira com a separação das sílabas que dão origem a outras duas palavras: amar e elo", disse ela ao F5.

Yasmin Arrighi, advogada especialista em direito autoral, também diz que é preciso um estudo minucioso de cada caso para definir um conceito de plágio. Características peculiares como ritmo e melodia devem ser analisadas por especialistas. Ou seja, não adianta tentar comparar as duas músicas sendo um leigo.