A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA) fará um pedido formal para que o Ministério Público e a Ministério Público Federal apurem supostos ataques difamatórios, racistas e xenofóbicos contra a influencer Erica Mindegaard. Ela recebeu diversas mensagens após ter publicado um vídeo com o astro musical Axl Rose. A informação foi confirmada pela Comissão da OAB-MA ao F5.

No clipe, publicado originalmente no dia 16 de junho, Erica abraçou e conversou brevemente com o vocalista do Guns N' Roses. Logo depois, a influencer diz que sites locais publicaram notícias falsas de que ela teria traído o marido com o músico — o que foi negado por ela. Além disso, ela afirma que passou a receber comentários com conteúdos racistas em seu perfil. "Falam coisas como 'esse é o corno dinamarquês', de 'nordestina pobre, que devia voltar'... Emojis de macaco...", disse ela ao G1.

Em pronunciamento em seu canal no YouTube, Erica diz que "não teve traição, não teve beijo, não teve nada". "O mais incrível é como as pessoas acreditam muito precipitadas no que está escrito (...) Atacaram meu marido, meus filhos, que ódio gratuito é esse?".

Ao F5, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Erik Moraes, explica será aberto um pedido oficial ao Ministério Público, tanto estadual quanto federal, para que os ataques sejam apurados. "Essa invasão de privacidade, atrelada a uma mentira, vem trazendo graves danos à vida da Erica, e como você sabe, ela passa a ser vítima de racismo", explica Moraes. "É necessário o acionamento judiciário, para que as pessoas sejam identificadas e casos como esse não venham a se repetir."