Anitta homenageia Vini Jr. e faz show de menos de três minutos na Champions League
Apresentação da cantora na final do campeonato não ficou à altura das promessas que ela fez de surpreender
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O anúncio do show de Anitta na final da UEFA Champions League, ao lado do nigeriano Burna Boy, foi cercado de expectativas de uma projeção inédita para a cantora brasileira, com uma transmissão para cerca de 240 países.
Na prática, Anitta não chegou a ficar nem três minutos no palco neste sábado (10) em Istambul, na Turquia. Cantou o hit "Envolver", em espanhol, o novo single, "Funk Rave", que trouxe um funk em espanhol para a apresentação —e ficou por isso mesmo.
A surpresa ficou por conta de a cantora aparecer com uma camiseta com o nome de Vini Jr., vítima de racismo na Espanha, onde joga pelo Real Madrid.
A expectativa tinha surgido porque era a primeira vez que uma artista brasileira se apresentaria no evento, onde já estiveram outras figuras do pop global, como Dua Lipa e Alicia Keys.
Em entrevista à coluna de Lucas Pasin, no UOL, ela tinha dito que "Envolver" estava no setlist e que teria "um momentão de funk" —na prática, foi um momentinho.
Entre as notícias sobre a apresentação, falou-se inclusive de uma possível presença do DJ Gabriel do Borel junto a Anitta, mas isso não aconteceu.
Ao escolher lançar um funk em espanhol, Anitta mostra a intenção de atar duas pontas do mercado fonográfico. O ritmo carioca, que já passou os 30 anos de idade, vive o seu melhor momento de projeção global. Já a música latina —com gêneros como o reggaeton— tem ocupado o topo dos rankings internacionais.
Num contexto assim, cantar em espanhol não quer dizer que Anitta tenha como alvo só o público hispânico na América Latina e nos Estados Unidos, mas uma forcinha deles não cai mal.
Ao mesmo tempo, é curiosa a escolha de lançar "Funk Rave" em espanhol. Há três anos, a aposta da cantora para o carnaval de 2020 era "Rave de Favela", em parceria com Major Lazer e MC Lan. Na ocasião, ela foi criticada por dizer que criou o funk rave, gênero que junta elementos da música eletrônica a um batidão agressivo de funk.
Mas o subgênero já era sucesso havia anos em bailes em favelas pelo Brasil e já tinha virado uma febre em demais tipos de festaa —outros artistas inclusive tinham feito incursões nesse tipo de funk antes dela.
O DJ GBR, de São José dos Campos (SP), é considerado um dos pioneiros dessa vertente. E vale lembrar que, antes dele, nos anos 2010, o chamado eletrofunk chegou a fazer sucesso. Agora resta ver como a escolha de Anitta vai ser recebida.