Música

MC Guimê quer ser empresário de jovens: 'Há muita gente querendo ser como eu'

Artista diz receber muitos pedidos de ajuda de potenciais MCs em Osasco, sua cidade natal

MC Guime participa do "São Paulo nas Alturas" - Divulgação
São Paulo

Cantar até ficar “bem velhinho” é o grande objetivo do funkeiro MC Guimê, 26. Mas não o único. Em cerca de um ano, o artista deve começar a empresariar novos talentos e atuar mais nos bastidores.

“No momento, prefiro focar em mim, mas quero voltar com essa parada de estratégia, de bastidores. Eu quero abrir portas e os olhos para gente nova. Tem muita gente querendo ser eu em Osasco”, diz ele, em referência à sua cidade natal.

E, de fato, Guimê não consegue mais andar pelas ruas da cidade da Grande São Paulo sem receber pedidos de ajuda de talentos em potencial. 

“Hoje eu confiro o que rola nas ruas, fico por dentro das novidades e feliz de ver a molecada com talento. O funk continua crescendo. Acho que 50% dos moleques da rua querem ser MC”, estima Guimê, que diz ainda receber vídeos e músicas de cantores amadores. “Quero atiçar o lado empresarial sem deixar de lado o artístico. Priorizo muito a inovação.”

Ele abriu recentemente um escritório na cidade, para estar cada vez mais por dentro de tudo o que acontece em sua carreira. “Queria uma estrutura moderna para viver o dia a dia. Eu acredito no potencial da cidade, do crescimento dela. Hoje fico impressionado em passar pelos picos que passava quando moleque. Mudou para melhor”, avalia o cantor, que agora consegue ficar à par de todo o balanço financeiro ocasionado pela rotina de cerca de oito shows por mês.

Guimê gosta tanto de Osasco que faz questão de manter uma tradição que iniciou logo no começo de sua trajetória. “Na Páscoa eu colo nas quebradas que sempre andei, no km 18, na Fazendinha, no Vila Isabel. Nessa época distribuo ovos de chocolate com outros MCs. E no Dia das Crianças fazemos um show no Vila Isabel onde sempre funcionou a escolinha de futebol”, revela.

As boas ações do cantor não tem prazo para terminar assim como a gana dele de levar suas músicas aos fãs. Portanto, não existe prazo para pendurar os microfones. O músico se espelha em nomes como Catra (1968-2018), Lil Wayne e Jay-Z, todos com longa estrada.

“Eu me vejo cantando até papai do céu dizer que já chega”, aponta Guimê, que recentemente se converteu à religião evangélica e diz ter renovado a sua fé. “Quero cantar até me sentir bem para ir para a noite, porque é um baque. Com o foco também em estender a mão a quem tiver talento, determinação. Sucesso para eles e para mim”, finaliza o marido da cantora Lexa.