Carolina Dieckmann se arrisca como cantora em musical: 'É um voo quase sem paraquedas'
Atriz também toca instrumentos no espetáculo 'Karolkê'
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Muito antes de ser atriz, carreira que exerce desde 1993, Carolina Dieckmann, 40, já tinha uma paixão pela música. Ainda criança, ela conta que vivia cantando em casa e ao lado da família, nos almoços de domingo. Agora, o público poderá conhecer um pouco do seu lado cantora no espetáculo "Karolkê", que estreou no dia 1º, em Campinas (SP).
"É realmente um voo daqueles quase sem paraquedas", afirma a atriz. São Paulo recebe o projeto nesta terça-feira (6), no Teatro Porto Seguro, região central. Depois, a proposta é viajar com o musical pelo país. No palco, a atriz estará acompanha do músico Feyjão.
Dieckmann faz questão de afirmar que não está se lançando como cantora nem pretende gravar álbuns. "[O espetáculo] É muito mais parecido, sim, com um show do que com uma peça de teatro, mas eu me sinto uma atriz cantando", revela.
A ideia, segundo ela, é experimentar e apresentar canções que todo mundo conhece, como "Evidências", de Chitãozinho e Xororó, campeã de execuções nos karaokês de todo o Brasil, sucessos de Roberto Carlos e Tim Maia, além de hits mais recentes de Maraia e Maraisa, por exemplo.
"É um espetáculo muito para as pessoas cantarem junto. Eu não estou contando a minha história, nem estou cantando as músicas que tenham a ver comigo. A gente vai cantar músicas que têm a ver com todo mundo", explica.
Dieckmann relata que uma das inspirações do projeto é ter o clima dos festivais de música americanos, como o de Woodstock, realizado há 50 anos nos Estados Unidos. "Estou muito feliz, muito, muito, muito, não imaginava que eu ia ficar tanto, e também estou querendo ver como isso bate nas pessoas."
Não é a primeira vez que a atriz se aventura no mundo da música. Em 2017, ao lado da também atriz Maria Ribeiro e do músico Pretinho da Serrinha, Dieckmann apresentou a peça Tryo Elétryco. O fato, no entanto, daquele projeto ter uma parte autobiográfica não a agradou.
"Estava muito feliz quando estava cantando e quando todo o mundo se identificava com as músicas, mas a coisa de estar em um palco falando da minha vida, em algum lugar, aquilo me incomodava. Mas não me dei conta na época", diz Dieckmann.
A partir dessa experiência, porém, ela continuou ligada àquele universo musical. Passou a se reunir com Pretinho, Feyjão e o guitarrista Pedro Baby, e o grupo começou a compor músicas, mas sem qualquer pretensão.
"Karolkê", afirma Dieckmann, é como um "filho desses encontros". O espetáculo foi sendo formatado no tempo que ela tinha livre, já que estava longe da família no Brasil por conta da gravação da novela "O Sétimo Guardião" (Globo, 2018-2019) –o marido, Tiago Worcman, mora em Miami, com o filho do casal, José. "Ou eu ficava em casa sentindo saudade, ou fazia alguma coisa com esse tempo", relata.
Com as agendas atribuladas de Pretinho, que iria lançar seu disco, e de Pedro Baby, que acabara de ter um filho, ela e Feyjão passaram a tocar a iniciativa. Pretinho seguiu no projeto como diretor musical.
Além de cantar, Dieckmann também toca alguns instrumentos, como guitarra, surdo e escaleta (teclado de sopro). Ela revela que nunca fez nenhuma aula de canto ou música. "Estudo com esses mestres [Pretinho, Feyjão, Baby]. Aprendo a tocar olhando o dedo deles. Eu não sei o nome das notas, não leio partitura."
O espetáculo tem produção de Léo Fuchs, também responsável pela peça "Sem Cerimônia", de Fernanda Gentil. De férias com a família no Brasil, Dieckmann conta que deve retornar para Miami quando o filho voltar às aulas, mas ela voltará ao país conforme a agenda de espetáculos.