SPFW

Ex-consulesa da França celebra representatividade negra na SPFW

Alexandra Loras diz que Paulo Borges viu a necessidade de mudança no evento

Alexandra Loras - @alexandraloras no Instagram

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Alexandra Loras, ex-consulesa da França no Brasil e ativista antirracismo falou sobre a representatividade negra que Paulo Borges, criador da São Paulo Fashion Week, trouxe para a moda. Nesta sexta-feira (19), ela esteve no evento, prestigiando o desfile da Neriage da primeira fila.

Loras, que também desfilará para a grife Baskat no sábado (20), diz que fica emocionada ao ver o lugar de fala e atuação de Paulo Borges após ter adotado uma criança negra e ver no dia a dia a auto-estima do filho. "[Paulo viu] a necessidade de trazer mais representatividade na vida [do filho], no dia a dia dele."

"Ele se tornou uma das maiores vozes, ativista, militante da causa negra. Ele é um homem branco que usa seu espaço de poder para favorecer a causa como aliado, defendendo e ajudando na falta de representatividade."

Para Loras, Borges virou um porta-voz para inspirar toda a moda, que incentiva a tendência no mundo para entender que a representatividade é legal, moderna e contemporânea.

"A inclusão não precisa ser algo doloroso, precisa ser uma reparação na forma de enaltecer a beleza, as belezas plurais e não 'vamos ajudar através de cotas', que são necessárias", diz a ex-consulesa.

Loras afirma que no mercado da moda o negro não é mais visto como o coitado, mas como algo do afrofuturo, do empoderamento negro. "Paulo deixou os negros protagonizarem a narrativa deles."