X de Sexo Por Bruna Maia

Leitor se descobriu no BDSM e faz elas gozarem mesmo sendo broxa

Feedbacks são dolorosos, mas muito importantes para descobrir o próprio prazer

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Tenho um arrependimento de não ter sido muito clara nos feedbacks de foda ruim –considerava que a melhor maneira de fazer alguém perceber era não dando uma segunda chance ou desistindo muito rápido de dar uma segunda chance. Mas não é que às vezes a mais singela sinceridade com quem não mandou bem pode ser boa para a pessoa e para todo mundo que transa com ela depois de você? Ou até para você mesmo, se o sujeito for legal e você achar que vale o investimento em educação.

Ok, não precisa acontecer como num causo anedótico que ouvi por aí...

Diz que a moça colocou sua playlist na caixa de som do rapaz e eles treparam. Depois, enquanto ele estava no banheiro, ela mandou um áudio para a amiga dizendo que tinha sido péssimo. Só que algumas pessoas têm a mania estranha de escutar o próprio áudio. Ela o fez e, quando o rapaz estava saindo do banheiro, escutou a nota zero para sua performance em alto e bom som. Em geral, é melhor ter cuidado, consideração e lembrar de desligar o bluetooth.

Mas a história picante mesmo é de meu leitor, vamos chamá-lo de João. O rapaz sempre foi meio broxa, meia bomba desde muito tenra idade. E era isso. As parceiras iam transar com ele e não tinha dedada boa, chupada dedicada. Era só boquete em pau mole e penetração xoxa. Algumas começaram a falar para ele que não tinha sido legal. Umas com jeitinho, outras sem delicadeza. Ele ficava muito puto e revoltado com isso tudo e não tratava de aprender logo o que fazer com uma buceta quando o pinto não ajuda.

Acabou andando pelo lado selvagem da vida e caiu... De boca num clitóris? Não, nas drogas. Vocês já viram um pau de coca? Então, quando os homens abusam da cocaína, a piroca fica bem triste. Só piorou a situação, até que ele foi tão humilhado, mas tão humilhado, que gostou. É, ser xingado deixou ele louco de tesão e finalmente o motivou a fazer de tudo para agradar quem o rebaixava. Ficou bom em tudo que não envolvia penetração, porque, mesmo depois de largar as drogas, seu pênis nem sempre fica duro e quando fica não permanece assim por muito tempo. Foi como submisso no BDSM –sigla que denomina diversas práticas consensuais que envolvem dominação e submissão sexual– que ele descobriu como transar decentemente.

Masoquismo sexual - Bernard Montorgueil

Um dos fetiches que ele mais curte é o de ser cuckold. O famoso corno. Pois então, ele curte ficar olhando a parceira dar pra outros, fetiche que muitos homens já me confessaram que têm e que merece uma coluna só para ele. Além de um gostinho pela humilhação, tem o prazer de ver outras pessoas tendo prazer.

João é mais um rapaz que confirma que o sexo não gira em torno da penetração e que mesmo o mais broxa dos broxas consegue satisfazer uma pessoa com clitóris. Está aí, distribuindo prazer e curtindo ele mesmo, à sua maneira, uma trepada intensa.

Ok, não se preocupem membros da nação meia bomba. Ninguém tem que ser amarrado e humilhado para fazer parceiras ou parceiros se divertirem (mas se quiser pode). É aquela velha fórmula mágica: dedos, língua e quando possível a ajuda de uns brinquedinhos.

Fica aí um exemplo de como às vezes vale avisar que a pessoa não está agradando.