Executivos da Band conversaram com José Luiz Datena nas últimas horas, após o primeiro turno das eleições para a prefeitura de São Paulo. Não há uma definição formal de quando ele retornará para seu posto.

Quando isso não vai acontecer já se sabe: antes do fim do segundo turno, como o próprio Datena disse em entrevista coletiva no domingo (6). A Band concorda que não seria ético. Mas sua volta não é caso fechado. Pelo contrário.

A direção da Band não bateu o martelo se Datena volta ao Brasil Urgente ou se o programa continua a cargo de seu filho, Joel Datena, que tem contrato até 2027 com a Band. Existe uma clara divisão entre executivos.

O motivo foi algo já antecipado pela coluna: a má impressão deixada por ele na campanha junto ao público e que pode afetar na audiência do fim de tarde. Datena teve apenas 1,89% de votos para prefeito de São Paulo, um desempenho que ele mesmo entendeu como "abaixo da crítica".

O caso da cadeirada dada em Pablo Marçal (PRTB-SP) já havia feito a Band repensar planos para o apresentador. Alguns executivos da Band não defendem sua volta ao vídeo e até mesmo que seu contrato, que vence no fim do ano, não seja renovado.

Johnny Saad, dono da emissora, é quem toma a decisão final. Ele tem boa relação com Datena e negociou um acordo verbal para a renovação de seu contrato, que termina em dezembro. Mas até Johnny admite que é uma decisão complexa.

Pesa a favor de Joel Datena, que substitui o pai desde julho, ter mantido os números que ele alcançava: 3 pontos de audiência na Grande São Paulo. Cada ponto equivale a 191 mil telespectadores.

Para jornalistas, Datena confirma que ainda vai conversar com a Band de forma mais aprofundada sobre o assunto.

"A minha intenção é nunca mais voltar à política e repensar também a minha carreira. Eu tenho que conversar com a emissora e ver qual vai ser o meu papel na televisão", afirmou em coletiva no domingo (8).