Grávida, diretora do Miss Universo Brasil apoia presença de misses mães no concurso
'Significativo e representativo', diz Marthina Brandt sobre a mudança nas regras do concurso
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Esta edição do Miss Universo Brasil, que tem a final agendada para a noite de sábado (8) em São Paulo, está sendo marcada, principalmente, pela presença de três mamães no grupo das candidatas. As misses Goiás (Renata Otoni, 27), Piauí (Gabriela Reis Menezes, 26), e Maranhão (Lorena Maia, 27) escreveram seus nomes na história do evento, já que são as primeiras brasileiras mães a disputarem a coroa.
A novidade tem ganhado a atenção da imprensa de forma positiva e empolgado o público que torce pelas candidatas. Mas, além dos fãs, quem também está curtindo muito esse momento é a diretora-geral do concurso, a gaúcha Marthina Brandt, 31, que está no oitavo mês de gestação de seu primeiro filho, João Gabriel.
"As três misses mães não deixam nada a desejar em relação às outras meninas. Pelo contrário, estão bastante dedicadas e empenhadas não só em vencer, mas também em vivenciar a melhor experiência possível", diz Marthina, que é dona do título de Miss Universo Brasil 2015, em entrevista à coluna.
"Me sinto abençoada de estar vivendo esta fase na minha vida. Me impressiona e me toca o quanto elas se emocionam em estar competindo sendo mães e o quanto isso é significativo e representativo. Vejo que os filhos delas ajudam a mover essa energia, essa vontade de buscar a realização de um sonho, e o quanto elas estão fazendo tudo isso também por eles", acrescenta.
A empresária considera que a mudança inaugura uma nova era do setor. Para ela, ter candidatas mães no páreo para ser Miss Universo inspira outras mulheres a não deixar a maternidade limitá-las. "A inspiração é, principalmente, para não deixar de lado a prática de olhar um pouco mais para si. A mensagem principal é que é possível ser mãe e não esquecer de se cuidar, de se abraçar, de correr atrás de um sonho —e também de cuidar do lado estético, para elevar a autoestima, se sentir bem e poderosa."
JOGO DE CINTURA PARA OS 'HATERS'
À frente da gestão do concurso desde 2021, Marthina reforça que, independente de a vitoriosa ser uma das mães, a nova Miss Universo Brasil vai precisar ter jogo de cintura e resiliência emocional fortes. Isso porque os ataques às misses nas redes sociais têm sido cada vez mais intensos e, muitas vezes, é um ódio gratuito de forma violenta e desrespeitosa –prática chamada mundialmente de "hate".
"Estamos vivendo uma fase muito ruim de polarização na internet e vejo que, de forma geral, as pessoas estão extremamente agressivas nesse ambiente. Tudo bem terem opiniões diferentes, mas falta de respeito e comentários agressivos extrapolam essa seara", diz. "Tem que também estar muito disposta a fazer a diferença e a querer se conectar com os fãs e impactar vidas, pois as pessoas querem saber quem é essa mulher e por que ela é uma porta-voz."
Marthina destaca ainda que a nova Miss Universo Brasil tem um grande desafio de ser "dedicada e comprometida", para chegar bem preparada no Miss Universo e levar o país de volta a uma boa classificação ou, quem sabe, a uma vitória. A última vitória brasileira no Miss Universo foi em 1968, com a baiana Martha Vasconcellos —a próxima edição está agendada para dezembro, em El Salvador.
"Em termos de trabalho com a organização, queremos uma miss que tenha disciplina e saiba trabalhar em conjunto com uma equipe, olhando todos para o mesmo norte, que aprenda a terceirizar, e deixar a organização fazer o trabalho dela. Isso também é extremamente importante, pois a equipe está disposta a trabalhar junto com a miss", afirma.