De faixa a coroa

Miss Cris Monize diz que encerrará carreira após Mesoamérica International

Paulista vai para El Salvador em 19 de julho para representar o Brasil

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A terapeuta holística Cris Monize, 27, será a representante do Brasil na final do Miss Mesoamérica Internacional 2021, que acontece no dia 25 de julho em El Salvador. Natural de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a modelo é veterana no mundo miss e este será seu quinto concurso.

Ela foi Miss São José do Rio Preto CNB em 2017, ano em que também disputou o estadual e, apesar de não levar o título, sua colocação lhe garantiu a faixa de Miss Vale do Rio Grande e o direito de disputar o Miss Brasil CNB 2018. Depois de uma pausa, retornou em dezembro passado e foi semifinalista no Miss Supranational Brasil.

“É uma enorme honra, uma alegria sem fim poder representar o Brasil. Acho que todas as meninas que participam de concursos de miss, em qualquer franquia, tem como desejo disputar um internacional, então é a realização de um sonho. Estou me preparando bastante para trazer esse título”, afirma sobre o convite para o Miss Mesoamérica Internacional 2021.

Bailarina e modelo desde os 5 anos, Monize é formada em psicologia e atualmente usa seus conhecimentos, tanto da dança quanto da ciência, em ações sociais voltadas a ajudar mulheres a resgatar autoestima, autoconhecimento e autoaceitação. A iniciativa surgiu após ela ser diagnosticada com uma doença autoimune.

“Em 2012 eu descobri um problema de saúde gravíssimo, a Doença de Crohn. Eu me curei pela abordagem terapêutica da dança do ventre e foi aí que uma chavinha mudou dentro de mim. A dança me trouxe um novo significado de vida, e hoje compartilho com outras pessoas esse poderoso instrumento de cura”, explica.

Com isso, não demorou para a paulista enxergar nos concursos de miss um caminho para potencializar suas ações sociais. “Acho que os concursos foram plataformas importantes, em termos de visibilidade, para o meu trabalho social e as causas que eu apoio. Esse era meu objetivo, e me sinto muito realizada nesta jornada.”

“Como miss, eu encerro a carreira depois do Mesoamérica, e pretendo dar continuidade ao meu projeto social com a dança e essa parte mais artística”, afirma ela, já declarando a aposentadora em relação aos concursos de miss.

Apesar de ser pouco conhecido no Brasil, o Miss Mesoamerica International celebra sua 29ª edição e já teve uma brasileira vencedora, a paranaense Keli Kaniak, em 2002. A competição tem o objetivo de promover a cultura maia nas Américas.

“Essa parte cultural bastante holística, baseada na cultura maia, é o que mais me chamou a atenção. Principalmente relacionado a rituais, meditações e à arquitetura milenar. Estar perto dessa cultura é fantástico, pois é algo que eu estudo há bastante tempo, e vai ser um momento onde poderei mostrar um pouco do projeto que faço.”

Apesar de estarmos a um mês do confinamento, que começa em 19 de julho, o número total de candidatas ainda não foi divulgado pela organização, visto que as inscrições foram encerradas esta semana. Porém, a disputa conta com uma média de 20 postulantes todos os anos.

Em 2020, a pandemia impediu sua realização e não teve certame. Antes disso, ele só tinha sido cancelado nos anos de 1998 e 1999, quando o furacão Mitch devastou a América Central. A atual vencedora é a mexicana Samantha Herrera, que venceu em 2019.

A Mesoamérica compreende a região que engloba sul do México, Guatemala, El Salvador e Belize, além de parte de Nicarágua, Honduras e Costa Rica. O território foi habitado por civilizações pré-colombianas. Além destas localidades, o Miss Mesoamerica International conta com países convidados de outras regiões do mundo.