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Na grande pandemia, '1984' se recicla e ainda tira os pés do chão

Obra está entre as mais vendidas nas livrarias e ganha novas edições

Capa da nova edição do livro "1984", de George Orwell - Divulgação

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Depois de um período de férias e recesso de fim de ano, a coluna volta a ser publicada com uma dica de leitura que não poderia ser diferente: está intimamente ligada à pandemia e ao retorno abrupto dos casos e mortes por coronavírus no Brasil. O gênero é a distopia, lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação.

E o romance, muito conhecido por conter a origem do pensamento do "Big Brother" (um grande irmão que a todos vê e julga), é "1984" (R$ 34,90, 392 págs.), agora lançado em uma nova versão pelo selo Biblioteca Azul, da Globo Livros.

A trama mostra um futuro ameaçador, tal qual vivemos hoje, e as consequências do abuso da burocracia e do autoritarismo. E não à toa a obra, assim como "A Revolução dos Bichos", está entre as mais vendidas do site da Amazon (em diferentes edições), após 70 anos da morte do jornalista, escritor e ensaísta político Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell.

A história de "1984" se passa no ano que dá nome ao livro, quando Londres é uma sombria cidade de Oceânia. Nela, o Grande Irmão vigia tudo e todos. Inclusive Winston Smith, um funcionário do Partido em perigo pois cometeu a ousadia de manter um diário.

Ao lado de sua companheira, tentará combater o sistema, em que a verdade é manipulada e a miséria da população se manifesta na dificuldade de expressão de pensamentos e sentimentos. É difícil não imaginar como essa realidade não se relacionaria com os dias de hoje. Trata-se de uma fábula moderna que satiriza o totalitarismo, a tirania e a busca pelo poder, no qual oprimidos se tornam opressores.

Com tradução de Bruno Gambarotto, 1984 se une a outras duas obras clássicas da distopia publicadas pela Biblioteca Azul: "Admirável Mundo Novo" e "Fahrenheit 451". Ambas também tiram os pés do leitor do chão, em uma época em que buscar a fantasia pode ser um subterfúgio ou algo extremamente perigoso.