Mesmo nas férias escolares de hoje, em que brincadeiras na praia ou na rua se alternam com outras formas de entretenimento, como jogos de celular ou vídeos no iPad, a leitura ainda é chance única de se desligar da realidade por alguns momentos e tirar os pés do chão –tanto físico quanto digital.

Lançamentos recentes podem ajudar diferentes tipos de público nesta missão. É o caso de “Os Meninos da Caverna” (R$ 39,90, 196 págs., Globo Livros), de Rodrigo Carvalho, que narra um resgate quase impossível acompanhado por todo o mundo em julho do ano passado (ofuscou até os holofotes da Copa do Mundo de futebol).

Foi enquanto craques de todo o planeta disputavam a bola no gramado que um time juvenil do mesmo esporte, chamado Javalis Selvagens, ficou preso em uma caverna na Tailândia ao tentar se abrigar da chuva.

Foram 18 dias de resgate que renderam o título de herói ao técnico, responsável por manter os garotos vivos e bem mentalmente. Foi inclusive o último a ser retirado de lá. A narrativa da aventura é completada com uma análise do contexto político, social e religioso do país, dentro da realidade do Sudeste Asiático.

Outra obra capaz de reter a atenção sem precisar recorrer às amarras da realidade é a adaptação ilustrada do clássico “Peter Pan” (R$ 48, 136 págs., Globo Livros) por um brasileiro que determinou o ritmo de escrita e os pensamentos dos maiores autores nacionais em atuação hoje: Monteiro Lobato (1882-1948).

A encarregada de descobrir a história de Peter Pan, personagem contemporâneo a Lobato, para a garotada do sítio é ninguém menos do que Dona Benta. Neste mundo do faz de conta, todos se divertem com Pan no Sítio do Pica-pau Amarelo.