Após cortes, Amazon vai diminuir investimento em séries de ficção no Brasil em 2024
Streaming da empresa de Jeff Bezos desligou equipe de produção no país e focará em outros produtos
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O Amazon Prime Video deverá reduzir seus investimentos em conteúdo inédito para o mercado brasileiro em 2024. A medida é consequência dos cortes que a empresa fez em sua equipe no início do ano.
As reduções acontecem especialmente na área de séries de ficção, setor que mais sofreu com demissões realizadas recentemente no Brasil. Produções e parcerias também serão descontinuadas.
Um dos cortes é o fim do acordo com o SBT para a produção de novelas infantis. Devido aos resultados baixos de "A Infância de Romeu e Julieta" no streaming, a próxima novela infantil da emissora será feita apenas pela TV de Silvio Santos.
As exceções nos cortes são produções que já tinham sua segunda temporada confirmada antes da revisão dos investimentos, e "produções reais", como reality shows e documentários.
É o caso de "Cangaço Novo", que já tinha assegurada sua continuidade no ano passado, mas só teve seu anúncio feito nesta semana. Outra exceção é a franquia Soltos, que tem público jovem cativo.
Em janeiro, ao menos dez profissionais do Amazon Studios Brasil, braço da empresa de Jeff Bezos responsável pela produção de conteúdo original que é distribuído na plataforma de streaming, foram desligados, a maioria deles ligados a área de séries ficcionais.
Entre os dispensados, estão a líder da área de comédia, Joana Brea; o líder de séries Pedro Belchior; a gerente de negócios Thais Colli; e diretora de casting Marcela Altberg. No fim de 2023, Malu Miranda, então head da Amazon Studios Brasil, já havia deixado a empresa, e até agora não foi substituída.
Segudo um e-mail obtido pela reportagem, e assinado por Mike Hopkins, vice-presidente sênior da Prime Video e Amazon MGM Studios, os cortes representam uma força pequena de trabalho.
"Nossa indústria continua a evoluir rapidamente e é importante priorizarmos nossos investimentos para o sucesso de longo prazo do nosso negócio", diz o executivo.
Procurada pelo F5, a Amazon Prime Video não respondeu até a última atualização desta reportagem.