Tony Ramos interpreta palmeirense em filme e sonha com a paz nos estádios
São-paulino, ator não vê problema em dar vida a torcedor de outro time
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Torcedor do São Paulo, o ator Tony Ramos, 73, diz que não foi um problema interpretar um palmeirense fanático no longa "45 do Segundo Tempo", de Luiz Villaça, que estreia dia 2 de junho nos cinemas. Nesta comédia, ele dá vida a Pedro Baresi dono de uma cantina italiana que reencontra 40 anos depois os amigos do colégio Ivan (Cássio Gabus Mendes) e Mariano (Ary França) para recriar uma foto de 1974. Juntos, eles revivem os melhores dias de suas vidas.
O ator –que diz ser são-paulino desde que nasceu– conta que em "um passado distante" interpretou o corintiano Zé, na peça de teatro "Quando as Máquinas Param" (1970), de Plínio Marcos. "Tanto que o livrinho da peça é Walderez de Barros e eu segurando a bandeira do Corinthians. Então, um ator, ele não pode em nenhum momento dizer: devo fazer ou não."
Ramos afirmou que o importante é o ator interpretar com emoção cada personagem, mesmo que não seja do time que torce, porque o público percebe. Ele revela inclusive que foi muito bem recebido pelos torcedores e funcionários do Palmeiras quando gravou as cenas do longa na Arena Palmeiras.
"Quando fomos gravar as externas na Arena com plateia e aquelas pessoas todas a nossa volta, com líderes de torcida, não houve em nenhum momento qualquer insinuação maliciosa ou agressiva. Pelo contrário [eles disseram]: ‘Ô Tony Ramos, que bacana fazendo um Palmeirense’", lembra o ator.
Ramos respondeu para os torcedores na época das gravações que o ator tem esse compromisso com o personagem e que a vida pessoal é guardada para ele. "Se bem que a minha não pode ser guardada, porque eu sempre disse que tricolor eu sou e como sou são-paulino", afirma Ramos
O ator relembrou ainda que nas décadas de 1950 e 1960 costumava ir ao estádio do Pacaembu para assistir aos jogos e encontrava famílias com crianças pequenas. Ele diz que ainda sonha com a volta do clima de paz nos estádios para um dia poder levar a neta para torcer, gritar e ficar feliz com a vitória do seu time.
"É esse torcedor, que eu espero, que pelo menos inspire um pouco a quem assistir o filme. Um filme que me dá muita alegria, no qual eu acredito muito, mas principalmente, me deu um dos mais belos momentos da minha vida profissional."