Mark Wahlberg diz que foi 'basicamente espancado' em novo filme da Netflix, 'Troco em Dobro'
Ator interpreta 'herói da classe trabalhadora' em suspense com Iliza Shlesinger e Post Malone
Mark Wahlberg, 48, já comprovou sua habilidade com filmes de ação, após participar de longas como "Os Infiltrados" (2006), "Transformers: A Era da Extinção" (2014) e "Sem Dor, Sem Ganho" (2013).
O ator agora adentra o universo do streaming e estreia seu primeiro longa com a Netflix, "Troco em Dobro", que chegou à plataforma no último dia 6. No filme de ação, ele é Spenser, um ex-policial e ex-presidiário que se une ao aspirante a lutador Hawkm (Winston Duke) para investigar uma conspiração ligada à morte de dois oficiais de Boston. A história é baseada no romance "Wonderland", de Ace Atkins, lançado em 2013.
"É um personagem que muitas pessoas gostam e com o qual se identificam. Um tipo de herói da classe trabalhadora que simplesmente não pode permitir que alguém maltrate outra pessoa. Especialmente protegendo os inocentes", conta Wahlberg em conversa com a Netflix, à qual o F5 teve acesso.
O ator valoriza a "formaçã eclética" do grupo para criar elementos de drama, humor e emoção na narrativa, e afirma que os espectadores do filme poderão vivenciar uma "jornada real" ao ver os diferentes lados da cidade de Boston. "É um tipo de mergulho profundo no submundo e no ponto fraco de Boston", conta.
CONFIRA A ENTREVISTA COM MARK WAHLBERG
O que acontece ao longo do filme?
Bem, basicamente eu sou espancado, consigo um pouco de informação, sou espancado de novo, recebo um pouco mais de informação. Mas não, essas são apenas as linhas gerais.
Eu interpreto um personagem que é um ex-policial de Boston que vai para a prisão tentando corrigir um erro. Houve uma investigação de homicídio que foi engavetada, e eu vou atrás do meu comandante. Sei que ele está de alguma forma envolvido ou, pelo menos, oculta a investigação ou permite que alguém que eu considero culpado, saia livre. E Spenser é o tipo de cara que não pode permitir que a injustiça aconteça.Quando ele sai da prisão, depois de cumprir cinco anos em uma prisão estadual, com presos comuns, a propósito, o que é um grande problema para um policial.
Ele inicialmente vai deixar o Arizona, mas há negócios inacabados. E isso é o começo da história. E então, a partir desse momento, ele quer descobrir: A, o que aconteceu com essa mulher inocente que foi morta e, obviamente, há toda uma série de problemas e corrupção que ele encontra e lentamente começa a desvendar. Mas, sim, basicamente ele apanha muito, descobre algumas coisas, depois apanha novamente e descobre outra coisa. Mas ele é bastante implacável.
E acho que é um personagem que muitas pessoas gostam e com o qual se identificam. Um tipo de herói da classe trabalhadora que simplesmente não pode permitir que alguém maltrate outra pessoa. Especialmente protegendo os inocentes.
Onde vemos o seu personagem no início do filme?
Você vê por que ele foi preso. E você vê o que ele está disposto a fazer e até que ponto ele está disposto a ir para proteger os inocentes. E então você o encontra na prisão. Ele está finalmente saindo. E ele recebe uma mensagem dos detentos, que obviamente, estão apenas fazendo o trabalho sujo de outra pessoa. E então você meio que consegue ver a vida dele antes de ir para a prisão. Como é o relacionamento dele com a figura paterna, o relacionamento ioiô com a namorada. E então ele conhece um novo colega de quarto com o qual não fica muito feliz. Mas eles lentamente se tornam amigos. E ele também é um cara que quer defender a injustiça. E, é assim que conhecemos o personagem no começo do filme.
Como você se envolveu com este projeto e o que o empolgou em desempenhar esse papel?
O que me empolgou em interpretar Spenser é que é um programa, é baseado em um programa, ou, o livro é baseado em um programa que eu cresci assistindo, Spenser For Hire. Foi a primeira coisa que eu vi filmada em minha cidade natal. Diferente de "The Brinks Job" ("Um Golpe Muito Louco"). Então, amei o programa. Adorava o personagem interpretado por Robert Urich, bem como Hawk. Personagens icônicos de Boston. E, você sabe, quando eu li o roteiro, apenas pensei: "Uau, que grande oportunidade de fazer algo, fazer minha própria versão do personagem Spenser".
Este é o seu quinto filme dirigido por Peter Berg. O que faz essa parceria funcionar?
O fato de conhecermos os pontos fortes e fracos um do outro. Somos muito próximos. Extraímos o melhor um do outro. Nós somos como irmãos. Eu posso te dizer que Peter Berg é um indivíduo especial e único.
Quais foram as cenas mais desafiadoras que você teve que fazer?
Nossa, ficar sentado no sofá ao lado de Alan (Alan Arkin) e ter que manter uma cara séria. A coisa mais perigosa, provavelmente que eu fiz no cinema, foi lutar com um lutador do UFC, o Cowboy Cerrone, na prisão. Ele nunca tinha participado de uma luta falsa em sua vida, ele não sabe como fingir chutes. Você sabe, ele me chutou nas costelas e tudo mais, mas foi fantástico. E foi uma ótima atuação no filme.
Este filme tem muito estilo e atitude. Que tom você quis capturar?
É realmente uma linha tênue, eu acho, porque existe obviamente uma história dramática, mas há muito humor, muita emoção. E, além disso, esse tipo de humor de Boston, sarcasmo.
Eu acho que é por isso que você tem um grupo tão eclético, Iliza com formação cômica, Winston com formação dramática, Alan que não está nem aí, e eu tenho atitude do tipo “preciso sair daqui”. E, muitas outras coisas. Eu acho que as pessoas realmente vão gostar.
O filme não se leva muito a sério, mas é uma história muito séria. Acho que é algo com o qual as pessoas podem se identificar, porque, obviamente, com tudo o que está acontecendo no mundo hoje, com a polícia e a corrupção e pessoas inocentes sendo injustiçadas. Eu acho que é algo que as pessoas realmente vão gostar e personagens pelos quais as pessoas torcerão.
Nas mãos dos autores Robert B. Parker e Ace Atkins, o personagem de Spenser tem um longo legado literário. O que manteve o fascínio dos leitores por ele por décadas?
É uma ótima saga sombria de crime. São uns 40 livros. É muito material para extrair. Por onde você começa? Mas acho que é uma ótima história sobre a origem de Spenser, de volta para a rua, na pior, mas sem desistir e sempre lutando. Eu acho que as pessoas torcem por esses caras. Você sabe, as pessoas torcem por caras que são tipo, que não levam desaforo para casa. Eles defendem e lutam pelo que é certo. É um gênero que nunca, nunca cansa, com certeza.
Como você acha que os fãs dos livros e programas de TV reagirão ao filme?
Bem, acho que definitivamente queríamos honrar o que estava nos livros e a origem literária. Mas acho que dar vida à história nos deu a oportunidade de realmente explorar e criar coisas novas, que acho que o público vai adorar e apreciar. Mas definitivamente permanecendo fiel à origem, mas dando um toque moderno.
O filme será visto em 190 países. O que você espera que um espectador que nunca tenha ido a Boston aprenda com o filme?
Eles saberão como é Boston quando terminarem o filme. Eles terão vivenciado uma jornada real e percorrido Boston. E você vê todos os lados diferentes da cidade. Acho que as pessoas que geralmente veem Boston de fora são expostas a grandes institutos educacionais, história e tudo mais. Esse é um tipo de mergulho profundo no submundo e no ponto fraco de Boston.