Cinema e Séries

'Aruanas' é um dos projetos mais ambiciosos da Globo, diz revista americana

Produção será lançada em 11 idiomas e 150 países

Da esq. para a dir.: Debora Fallabela, Thainá Duarte, Leandra Leal, Tais Araujo - Divulgação
 
 
São Paulo

A série "Aruanas", com Camila Pitanga, Thais Araujo, Leandra Leal, Débora Falabella e Thainá Duarte, é um dos projetos de ficção mais ambiciosos já feitos pela Globo, segundo publicou reportagem da revista americana Variety

A estreia está marcada para o dia 3 de julho. A intenção da emissora é investir em uma audiência global na produção que narra a saga de três mulheres eco-ativistas, que criam uma ONG em defesa da Amazônia.

Por meio do site Aruanas.tv, a Globoplay vai disponibilizar os dez episódios da série em 11 línguas, com distribuição em 150 países. Entre julho e outubro, metade do que for arrecadado com as vendas da série por esse site será doado a projetos em defesa da Amazônia.

"A série inovadora e inspirada em fatos reais chega em um momento em que ecoativistas soam o alarme de políticas ambientais nefastas do presidente em exercício, Jair Bolsonaro, conhecido como Trump dos Trópicos", escreveu a revista. 

“Aruanas” também se concentra na situação dos ativistas ambientais no Brasil. Nos últimos três anos, o país sul-americano ocupa o primeiro lugar no número de ativistas mortos, destacou a revista, citando dados de que, somente em 2017, 57 ativistas foram mortos, dos quais 80% trabalhavam em causas ambientais. 

A série terá pré-estreias em Londres, Nova York e São Paulo ainda no fim deste mês.

Anunciada na última Comic Con, "Aruanas" foi criada por Estela Renner e Marcos ​Nisti e tem direção de Carlos Manga Jr. Há cerca de 250 pessoas na equipe, que preza por uma maior igualdade de gênero.

Para o elenco, também foram selecionados atores e atrizes locais que, segundo Leandra Leal, engrandeceram a produção. "Foi incrível trabalhar com pessoas que vivem a floresta, que conhecem mesmo."

Para Tais Araújo, a militância que é representada na série também pode ser sentida dentro do próprio set. "A gente fala dos ativistas e na verdade, o que optamos fazer com essa série também é ativismo. Quando você pensa em fazer uma equipe bem dividida entre homens e mulheres, isso também é ativismo. Isso é para dizer que todos nós podemos ser ativistas e podemos mudar esse país", afirmou a atriz.

Camila Pitanga, que vive uma vilã, conta que foi convencida pela amiga Thaís Araújo a integrar o elenco. "Preciso agradecer à Taís. Ela foi a madrinha para que eu estivesse na série", afirmou.

Araújo comentou que a colega estava "pensando demais". "Ela lia e disse: estou sentindo. Eu perguntava: 'e aí? Já decidiu?' e ela falava que estava sentindo. Lê logo e diz que sim, inferno!", brincou ela.

A série contou com a parceria técnica do Greenpeace e conta o apoio de algumas das maiores e mais importantes organizações sociais de direitos humanos e ambientais do mundo, como Anistia Internacional, WWF, Global Witness, UN Environment, UN Women, Open Society Foundations, Instituto Betty & Jacob Lafer, Rainforest Foundation, Avaaz, 350.org, Instituto Socioambiental, IPAM, SOS Mata Atlântica, IMAZON, Conectas, Justiça Global, ISER, Greenfaith e APIB.