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Alexandre Frota diz que tenta ser forte na frente de vítimas das chuvas no RS: 'Choro sozinho'

Ator e ex-deputado federal tem trabalhado com equipe de 20 voluntários na cidade de Canoas

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Ana Cora Lima

Rio de Janeiro

Uma imagem surpreendeu internautas que tentavam se informar sobre a situação no Rio Grande do Sul na quinta-feira (9). Montado em uma moto aquática, Alexandre Frota, 60, ajudava no resgate a pessoas e animais de estimação ilhados pelas enchentes que assolam a região.

O ator e ex-deputado federal está em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Defesa Civil do estado, 60% do município ficou embaixo d’água após as fortes chuvas que atingiram o estado na semana passada.

Após viajar mais de 24 horas, ele chegou à cidade na quarta-feira (8) e tem trabalhado com um grupo de mais de 20 voluntários. "A situação é pior do que eu imaginava. É muito difícil e triste", relatou Frota ao F5. "Não paramos um minuto sequer, e é sufocante. Temos vontade de chorar com toda essa tragédia, mas não podemos. Temos que ser fortes na frente das vítimas. Mas choro sozinho. Desabo."

Caminhão do Exército passa por alagamento em São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, um dos locais mais atingidos pelos temporais nesta quinta-feira (2). Ruas de comércio ficaram totalmente alagadas. Carlos Macedo/Folhapress/

Sob alerta de evacuação emitido pelo governo estadual, moradores de áreas de risco em cidades dos vales do Caí e Taquari estão deixando suas casas, com ajuda da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e de voluntários. Carlos Macedo/Folhapress/

Os rios Caí (foto) e Taquari já estão em suas máximas históricas, com previsão de crescimento nas próximas horas. O Exército com caminhões ajudou na remoção das famílias e pets para áreas mais altas e mais seguras do centro da cidade. Carlos Macedo/Folhapress/

O rio Caí não para de subir e deixa centenas de pessoas desabrigadas, além de cobrir veículos e maquinários nas ruas. Carlos Macedo/Folhapress/

A orientação de evacuação no Rio Grande do Sul abrange as seguintes cidades: Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado e Lajeado. Carlos Macedo/Folhapress/

Bombeiro carrega um idoso em área alagada de São Sebastião do Caí durante o aviso de evacuação feito pelo governo gaúcho. Carlos Macedo/Folhapress/

Além dos moradores, os pets também foram resgatados das áreas alagadas, sendo levados para locais mais altos nas cidades. Carlos Macedo/Folhapress/

Moradores de áreas de risco em cidades dos vales do Caí e Taquari foram retiradas de suas casas por caminhões do Exército, que ajudaram na remoção. Carlos Macedo/Folhapress/

Em apoio à Defesa Civil gaúcha, militares do Comando Militar do Sul integram a Operação Sempre Prontos! em Eldorado do Sul/RS para avaliar a situação da BR 290, parcialmente destruída pela enchente. Comando Militar do Sul no X/

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontra com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, durante chegada a Santa Maria para verificar os danos provocados pelos temporais no estado. Ricardo Stuckert/Divulgação/PR /

Sinimbu, no Vale do Rio Pardo, ficou ilhada 24 horas e contabiliza relatos de destruição depois que passou a enxurrada. Em todo o Rio Grande do Sul, são 10 mortos e 21 desaparecidos até a manhã desta quarta (1º). Carlos Macedo/Folhapress/

Sinimbu, um município de 8578 habitantes, viveu cenas de horror e ficou isolado pelos bloqueios na estrada devido à chuva incessante. Carlos Macedo/Folhapress/

Levado pela enxurrada durante a tempestade, um barco foi parar virado na frente de uma residência em Sinimbu. Carlos Macedo/Folhapress/

A tempestade deixou um rastro de destruição e entulho que é visto em vários locais da cidade de Sinimbu. Carlos Macedo/Folhapress/

Depois que as águas do rio Pardo baixaram, as pontes ficaram cheias de galhos e sujeira trazidos pela enxurrada. Carlos Macedo/Folhapress/

Segundo a Defesa Civil gaúcha, 1.431 pessoas estão desabrigados e 1.145 estão desalojados. Ao todo no estado, são 19.110 afetados pelas chuvas. Carlos Macedo/Folhapress/

Em Sinimbu, assim como em outras cidades do Vale do Rio Pardo, várias árvores caíram e bloquearam passagens, além de serem levadas pela enxurrada. Carlos Macedo/Folhapress/

Homem observa a destruição deixada pela tempestade na cidade de Sinimbu. Ao menos 104 cidades gaúchas registraram danos e ocorrências por causa dos temporais. Carlos Macedo/Folhapress/

Mulher carrega por rua enlameada mantimentos recolhidos de sua casa, que foi inundada pela enchente em Sinimbu. Carlos Macedo/Folhapress/

Em Sinimbu, nem o posto do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi poupado pela tempestade, que derrubou sua placa. Carlos Macedo/Folhapress/

No município de Encantado, o nível do rio Taquari ultrapassou os 17m nesta quarta-feira (1º), alagando grande parte das ruas. Prefeitura de Encantado/

Já em Candelária, os desabrigados foram acomodados pela prefeitura no Ginásio do Colégio Medianeira. Prefeitura de Candelária/

Mais de 2.000 pessoas em todo o estado estão fora de casa por causa dos estragos provocados pela chuva. Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul/

Em Santa Cruz do Sul, barcos dos bombeiros precisaram socorrer os moradores que não conseguiam deixar suas casas durante a enchente. Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul/

Defesa Civil de Porto Alegre resgatou 17 pessoas e um gato que estavam ilhados no bairro bairro Ponta Grossa. Defesa Civil de Porto Alegre/

Helicópteros da FAB foram acionados para ajudar no resgate de pessoas ilhadas na região de Santa Cruz do Sul, Sinimbu e Candelária. FAB/

Escola infantil ficou alagada na cidade de Santa Cruz do Sul. Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul/

Em Faxinal do Sul, uma ponte que passa pelo rio Guarda Mor foi levada pela chuva. Defesa Civil/Defesa Civil

Defesa Civil de Porto Alegre resgatou 17 pessoas e um gato que estavam ilhados no bairro bairro Ponta Grossa. Defesa Civil de Porto Alegre/

Frota contou que não tem data para deixar Canoas e não descarta a possibilidade de ajudar outras cidades à medida que a situação for se normalizando. "A minha relação não é com o Rio Grande do Sul e, sim, com o povo, que está precisando de ajuda. Tenho um trabalho voluntário há seis anos e atuei em outras tragédias, como em Petrópolis, no Rio, e em Salvador, na Bahia. Faço por qualquer ser humano que esteja em apuros", comenta.

O ator disse que não liga para as críticas de que estaria ali apenas para aparecer. "O que me importa é poder ajudar as pessoas. Além de disposição, trouxemos cobertores, água, roupas, fraldas e cestas básicas. Trouxemos também esperança, amor. Estamos fazendo a nossa parte", afirmou.

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