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'Me sentia uma prostituta', diz atriz sobre bastidores de cenas de sexo de 'Azul é a Cor Mais Quente'

Adèle Exarchopoulos conta ter ficado traumatizada e que depois do filme passou a impor limites nas gravações mais íntimas

Adèle Exarchopoulos é protagonista do recém-lançado 'Passagens' - Folhapress

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Rio de Janeiro

Lançado em 2013, o filme "Azul é a Cor Mais Quente" chegou a ganhar o Palma de Ouro do Festival de Cannes de Melhor Direção, mas dez anos depois uma das protagonistas do longa afirmou que não tem boas lembranças da produção. A direção é do cineasta franco-tunisiano Abdellatif Kechich.

Adèle Exarchopoulos contou que os bastidores das cenas de sexo foram traumatizantes. "Eram humilhantes as gravações e algumas vezes me sentia como uma prostituta. O diretor Abdellatif Kechiche usava três câmeras, e quando você precisa fingir um orgasmo por seis horas… Não dá para dizer que não foi nada. O difícil para mim era mostrar mais os meus sentimentos do que o corpo", disse durante entrevista recente ao Daily Beast.

A atriz francesa também explicou como funcionava a dinâmica no set: "Quando estávamos gravando, percebi que ele realmente queria que entregássemos tudo. A maioria das pessoas nem ousa pedir as coisas que ele pediu, e elas são mais respeitosas", reconheceu ela que esteve no Brasil para lançar o longa há 10 anos. "As cenas de sexo são coreografadas, o que deixa o ato menos sexualizado. Você tem que estar fora do corpo".

Adèle é protagonista do recém-lançado "Passagens", dirigido por Ira Sachs, e ela contou que assim que soube da trama deixou claro quais seriam seus limites para as cenas mais íntimas. "Falei que não tinha e não tenho problemas com cenas de sexo, mas não quero que as pessoas vejam meu corpo como viram antes", comentou se referindo ao "Azul é a Cor Mais Quente". Ela acabou desabafando. "Então encontramos outro caminho. Ira não estava interessado em ver meus seios e meu corpo", disse.