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Conheça cenários de São Paulo que aparecem no filme sobre Gal Costa

Artista morou na capital no começo da carreira e nos últimos anos de vida

Sophie Charlotte em cena do filme 'Meu Nome é Gal' - Stella Carvalho/Divulgação

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São Paulo

Gal Costa morou em São Paulo na década de 1960, quando tentava o reconhecimento como cantora e havia acabado de sair de Salvador. Na capital paulista ela conviveu com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé e dividiu o apartamento com o empresário Guilherme Araújo.

Alguns dos cenários dessa época aparecem na cinebiografia "Meu Nome É Gal", em cartaz desde quinta-feira (12).

AVENIDA SÃO LUÍS, 43

Caetano Veloso e Dedé, a primeira mulher do cantor e compositor, moraram em um apartamento no condomínio Santa Vigília, no número 43 da avenida São Luís, centro de São Paulo. No filme, o local aparece como ponto de encontro de outros artistas, cabeludos em geral e até de um fugitivo da ditadura militar, que aparece machucado e precisando se esconder.

Em 1995, a professora Maria Lucia Guilherme relatou para a Folha a reação dos moradores à presença dos artistas. "O prédio era sério. As pessoas que moravam aqui naquela época eram muito pacatas e respeitosas. De repente, a gente começou a ver mais jovens, cabeludos", disse.

APARTAMENTO DE GUILHERME ARAÚJO

Gal Costa também morou na avenida São Luís, no apartamento que dividia com o empresário Guilherme Araújo. É nesse apartamento, segundo a cinebiografia, que a mãe da cantora, Mariah, aparece sem avisar para cuidar da filha. Antes da São Luís, Gal havia morado em uma quitinete na avenida São João, também na região central.

TEATRO DA RECORD

Foi no antigo Teatro da Record, hoje Teatro Renault, na avenida Brigadeiro Luís Antônio, que Gal cantou, em 1968, "Divino, Maravilhoso", um marco explosivo da mudança da menina discreta e tímida para a artista símbolo da Tropicália.

Com uma cabeleira black power e uma túnica enfeitada com espelhos, ela conquistou o público do IV Festival da Música Popular Brasileira com o refrão "É preciso estar atento e forte", da canção composta por Caetano e Gil, e marcou, por meio de sua postura e da letra, a posição contra a ditadura militar.

ALMANARA

Fundado em 1950 no centro de São Paulo, o restaurante de comida árabe Almanara aparece no filme como cenário de uma entrevista em que Gal se irrita com uma jornalista devido a perguntas sobre a sua vida pessoal. A cena mostra a personalidade reservada da cantora, uma de suas marcas ao longo da carreira.

BOTECO

Em um típico boteco de São Paulo, Gal e outros tropicalistas planejam a mudança para o Rio de Janeiro. Caetano e Gil haviam sido presos, e depois exilados, o ambiente estava pesado. Gal, segundo o filme, era chamada de piolhenta nas ruas. No Rio, ela frequenta um trecho da praia de Ipanema que ganha o apelido de "Dunas da Gal" e faz o icônico show "Gal a Todo Vapor", conhecido como "Fa-Tal", no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana.

O recorte de "Meu Nome É Gal" abrange o começo da carreira e o sucesso de Fa-tal. Depois disso, a cantora viveu no Rio, na Bahia e voltou para São Paulo, onde morreu, aos 77 anos, em novembro de 2022.

Gal foi enterrada no Cemitério Venerável Ordem Terceira Nossa Senhora Carmo, na Consolação, em um túmulo que costuma ser visitado por fãs.