Com o fim de "Xuxa, o Documentário", a apresentadora fez um balanço dos cinco episódios e dos diversos momentos que marcam a produção. O último capítulo foi ao ar na quinta-feira (10) e aborda os primórdios da carreira de modelo.

A jornada que durou pouco mais de um mês e celebra os 60 anos dela, completados em março, a fizeram ficar sob os holofotes mais uma vez, deixando espaço para críticas.

"Estou recebendo ainda o carinho de muita gente. As pessoas querendo me abraçar, ouvir coisas, mas também tem as pessoas me diminuindo, dizendo que eu estou ali me vitimizando. Mas colocando na balança, o saldo é positivo", disse em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta.

Xuxa começou a desfilar em um clube em Coroa Grande, cidade no litoral fluminense onde passava as férias, por volta dos 15 anos de idade. Lá também foi onde sofreu um abuso sexual cometido por um amigo do pai. No último capítulo, ela revisita o local ao lado de sua filha Sasha.

"É simplesmente desesperador porque é uma coisa que não queria ter passado, nem falado. Uma coisa que não queria reviver, nem viver. Mas é necessário, porque também faz parte de mim. Sou quem sou pelas coisas boas, médias, ruins e maravilhosas que vivi. Senão, não estaria onde estou ", disse ela em entrevista ao gshow.

A apresentadora afirma que os diversos momentos traumáticos deixaram sequelas que duram até hoje, como tomar três banhos por dia, mas que não pode e não quer maquiar uma ferida aberta.

"Às vezes mais [banhos] com bucha, me esfregando. E, sempre depois de uma relação, tenho que tomar um banho quente. São coisas que ficaram. São traumas, manias. São coisas que me fazem ver que não sou igual a algumas pessoas que não passaram por isso, mas também sou igual a muitas que passaram."