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Celebridades

Zé Celso: apadrinhado pelo diretor, Gianecchini se recusou a ficar nu em cena de orgia, em 1999

Ator pediu para não participar de masturbação coletiva em 'Cacilda!'; décadas depois, ele topa ficar pelado no filme 'Fedro', mas pede para ficar embaixo da coberta

Reynaldo Gianecchini e José Celso Martinez Corrêa em cena de 'Fedro', de Marcelo Sebá - Divulgação

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Cleo Guimarães
Rio de Janeiro

No comecinho da carreira, Reynaldo Gianecchini sentiu na pele o modo Zé Celso Martinez Corrêa de fazer teatro. E recuou. Havia uma orgia no meio do caminho, e o ator se recusou a fazê-la. Isso foi em 1999, em "Cacilda!", peça que celebra Cacilda Becker.

No início do segundo ato, com Cacilda entre os atores de um espetáculo de vanguarda em Nova York, todos começam a se masturbar. Gianecchini pediu para não fazê-la. Não se sentia preparado, ficaria envergonhado quando sua família fosse vê-lo no palco.

Zé Celso entendeu. Ele topou refazer a cena e, enquanto o elenco ficava todo pelado, Giane acompanhava a orgia e a masturbação coletiva trajando um elegante smoking, numa cena inspirada em "De Olhos Bem Fechados", filme de Stanley Kubrick daquele mesmo ano.

O ator Reynaldo Gianecchini se lançou profissionalmente no Oficina, em 1998, com 'Cacilda'. Depois, fez 'Boca de Ouro' e, quase duas décadas mais tarde, reencontrou Zé Celso no filme 'Fédro'. Divulgação/

Marieta Severo esteve na montagem original de 'Roda Vida' como Juliana, em 1968, entoando a trilha criada por Chico Buarque, com quem era casada. Folhapress/Lucas Seixas

A personagem Juliana, de 'Roda Vida, depois passou a ser interpretada por Marília Pêra. /

Zezé Motta também integrou o elenco de 'Roda Viva'. Divulgação/Jardiel Carvalho/

Outro nome indissociável da história da teledramaturgia brasileira, Tarcísio Meira esteve em 'Os Pequenos Burgueses', de 1963. Folhapress/Paulo Whitaker

Raul Cortez, que ganharia um teatro com seu nome anos depois, também esteve em 'Os Pequenos Burgueses' e em 'As Criadas'. Folhapress/Vidal Cavalcanti

Leona Cavalli esteve em mais de uma montagem de 'Cacilda!'; na foto, a atriz aparece em cena em 1999. Reprodução/Reprodução

Foto de 1977 de Zé Celso (esq.) e Renato Borghi, que viveu o icônico Abelardo 1º da montagem original de 'O Rei da Vela'. Folhapress/Folhapress

Mais de 20 anos se passaram e, em 2021, Gianecchini e Zé Celso se reencontraram em "Fedro", dirigido por Marcelo Sebá. O filme, uma longa conversa de travesseiro regada a vinho tinto e baseados, propõe um diálogo (a maior parte do tempo com os dois na cama, deitados) entre o diretor e o ator. Assuntos em questão: libertação, desejo, tesão pelo teatro.

O ator mostra-se constrangido quando Zé Celso sugere que ele tire a roupa. Reluta, mas por fim aceita. "Tá, vou tirar a roupa aqui embaixo da coberta, tudo bem?", pergunta, tímido.

Só contornos aparecem, e o papo entre os dois continua assim, com Giane sob o edredom, enquanto o dramaturgo, morto na manhã desta quinta-feira (6), anda pra lá e pra cá nu, à vontade. "Trabalhar com ele de novo foi muito desafiador", disse o ator, em entrevista, na época do lançamento de "Fedro".

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