Saiba mais sobre a Chopard; marca das joias de Michelle Bolsonaro não tem lojas no Brasil
Grife suíça é patrocinadora do Festival de Cannes há 25 anos e faz parcerias com Marina Ruy Barbosa e influenciadoras para exibir suas peças mundo afora
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Avaliadas em R$ 16,5 milhões e apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2021, as joias que seriam um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro levam a sofisticada assinatura da grife suíça Chopard. Fundada em 1860 por Louis-Ulysse Chopard, ela é vista como uma das principais marcas de luxo do planeta e, a princípio, produzia exclusivamente cronógrafos e relógios de bolso.
A relojoaria continua sendo um dos pontos fortes da Chopard, e ostentar uma de suas peças no pulso pode custar mais de US$ 50 mil (cerca de R$ 300 mil). Foi só a partir dos anos 1970 que a empresa passou a investir de fato na manufatura de joias, com destaque para as peças em diamante.
Pode-se dizer que o pulo do gato aconteceu em 1998, quando fechou um acordo de patrocínio com o Festival de Cannes. Passou então a produzir anualmente a Palma de Ouro da charmosa premiação de cinema, além de badalar a marca longo de todo o evento promovendo festas, encontros e jantares. Isso sem falar no tapete vermelho, um desfile com certo ar de espontaneidade, na medida certa para exibir suas últimas criações para um público dos mais seletos.
A marca costuma firmar parcerias claramente de olho na renovação de sua carteira de clientes. Quer ser símbolo de prestígio e status também para millenials e para a geração Z e, para isso, contratou Rihanna, que em 2017 assinou uma coleção cápsula, lançada mundialmente em Cannes —onde mais?.
Dois anos antes, surpreendeu os mais puristas ao juntar-se à Disney para botar no mercado (só nas prateleiras da Harrod's, de Londres, para manter o ar de exclusividade) uma coleção de joias com peças inspiradas em princesas e personagens famosas como Cinderela, Branca de Neve, Rapunzel, Bela, Mulan e Pocahontas.
Julia Roberts, nem tão jovenzinha mas um símbolo de bom gosto atemporal, é uma de suas garotas-propaganda, assim como muitas das estrelas que disputam o Oscar (Marion Cotillard em 2008, e Julianne Moore, em 2015, levaram para casa a estatueta de melhor atriz com joias da grife).
A Chopard está presente em praticamente toda a América do Sul: Paraguai, Uruguai, Peru, Argentina, Venezuela e Colômbia, mas não possui lojas no Brasil. Por aqui, chegou a ter um cantinho dentro da finada Daslu, no início dos anos 2000, mas não foi além disso. Hoje em dia, para adquirir uma de suas peças, só pela internet ou em uma revendedora exclusiva.
Isso não diminui o interesse da diretoria da empresa no poder de consumo dos brasileiros. Tanto que anualmente a grife é representada no Festival de Cannes por celebridades nacionais que são verdadeiros canhões de visibilidade e audiência nas redes. De 2019 a 2022, coube a Marina Ruy Barbosa (41,6 milhões de seguidores no Instagram) o papel de "embaixadora" da Chopard na festa francesa do cinema.
Um ano antes, Bruna Marquezine (43,9 milhões de seguidores) havia sido notícia ao aparecer para os flashes com um colar com 1.050 pedras preciosas e 372 quilates, adornado com uma tanzanita solitária de 69 quilates pendendo sobre o decote. A joia estava avaliada em mais de R$ 3 milhões. Uma pechincha se comparado ao kit de dona Michelle.