Cover bolsonarista do cantor Roberto Carlos, José Luiz Bonito, também conhecido pelo nome artístico de Roberto Boni, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 15 mil à jornalista da Globo Miriam Leitão.

Em 2018, num vídeo no YouTube, ele a ofendeu e a chamou de "terrorista". Também a acusou de ter sido presa durante a ditadura militar por um suposto assalto a um banco, algo que já foi desmentido pela própria emissora.

Segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo, Boni chegou a ser condenado a dois anos e meio de prisão, mas a pena mudou para restrição de direitos. Ele também terá de pagar uma multa equivalente a R$ 6.500, além de prestar serviços à comunidade. Cabe recurso.

No documento obtido pelo F5, Miriam afirma que nunca participou de crime nenhum e que essa calúnia causou prejuízos morais e transtornos de reputação. E que se sentiu ofendida na condição de mulher, cristã e cidadã.

Procurado pelo F5, o cover diz que "apenas noticiei o noticiado nas redes" e que "assim como a mídia tradicional comete equívocos, eu cometi quanto ao motivo da prisão da jornalista".

De acordo com Roberto Boni, o motivo da detenção de Miriam foi outro. "Depois que soube que ela foi realmente presa, mas por ser acusada de pertencer a um partido comunista clandestino. Meu equívoco foi no motivo da prisão. A diferença entre uma notícia equivocada por mim e de outras equivocadas pela mídia tradicional? É que mídia tradicional pede desculpas e se retrata, já um cidadão comum vira manchete."