Celebridades

Modelo barrada em voo desabafa após conseguir retornar ao Brasil: 'Ser gordo não é errado'

Juliana Nehme conta que foi vítima de gordofobia por uma companhia aérea: 'Exigiram dois assentos'

Juliana Nehme diz que nunca foi tão humilhada na vida como no aeroporto em Beirute, Líbano - Reprodução/Instagram

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Rio de Janeiro

A influenciadora Juliana Nehme já está a caminho do Brasil depois de ter sido barrada em um voo no Líbano, na última terça-feira (22). A também modelo plus size revelou ter sido vítima de gordofobia pela companhia aérea Qatar Airways, em Beirute, capital do Líbano. "Me impediram de entrar no avião porque eu era gorda demais. Eles exigiram a compra de dois assentos ou uma passagem na primeira classe", começou Juliana no desabafo que postou nas redes sociais.

Com ajuda da Embaixada Brasileira e o Consulado Brasileiro no Líbano, Juliana explicou que a empresa finalmente tinha cedido e ela não precisou pagar multa [pela perda do voo] nem comprar um assento extra. Mesmo aliviada com a situação resolvida, ela reconheceu que nunca tinha sido tão humilhada. "Não quero mais ficar aqui, nunca na minha vida imaginei passar tudo o que estou passando. Já sofri gordofobia de todos os jeitos no Brasil, mas nunca imaginei ser olhada da forma que fui olhada. Nunca imaginei ser maltratada como fui e ainda fazer a minha família passar por isso", comentou ela.

Juliana contou também que ficou ainda mais triste com o episódio ao ser criticada pelas pessoas no lugar de acolhimento nas redes. "Li mensagens que diziam: ‘É injusto com quem viaja com gordo porque o gordo ocupa o espaço da outra pessoa'. Eu sempre fui realista, sei que sou gorda e atrapalho. Eu sempre viajo só se a minha mãe estiver do meu lado porque se tiver que atrapalhar alguém, atrapalho ela. Com dor no coração, mas ela já está acostumada, deita no meu ombro e a gente não ocupa o espaço de outra pessoa. Isso me magoou muito!", reconheceu a modelo.

Ela continuou lamentando as humilhações sofridas: "As pessoas olham para mim como se gordo fosse um monstro. Minha mãe sempre fala que não sou monstro, sou normal e que ser gordo não é errado. Estou contando isso porque não quero que outra pessoa passe por isso. Não é uma brincadeira ser gordo no Brasil ou no mundo. O que eu vivi foi muito horrível, aquelas mulheres olhando para mim como se eu fosse monstro. Se uma pessoa gorda come um pedacinho de chocolate, as pessoas já criticam. Não se pode comer fora de casa", finalizou Juliana Nehme.