Celebridades

Racismo: Meghan Markle ficou furiosa com capa da Vanity Fair, diz livro

Ao anunciar relacionamento da então atriz com príncipe Harry, em 2017, revista teria feito no título uma referência a 'blackface' de filme com Judy Garland

Meghan Markle viu sinais de racismo em reportagem de capa da 'Vanity Fair', diz autora de livro sobre a realeza britânica - AFP

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Rio de Janeiro

Não é das mais tranquilas a relação entre Meghan Markle e a "Vanity Fair". A duquesa de Sussex ficou magoada -mais do que isso: o termo exato seria "furiosa"- com a revista em 2017, quando posou para a capa da edição de outubro daquele ano.

O motivo que a deixou tão irritada é o título da reportagem que a apresentava aos leitores, num longo texto sobre o relacionamento da atriz americana com o príncipe Harry. Sob sua foto, a frase: "She’s Just Wild About Harry" (em tradução livre, "Ela é Louca pelo Harry").

"I'm Just Wild About Harry" é uma apresentação de blackface de Judy Garland e Mickey Rooney no filme "Babes in Arms", de 1939. Atores cantaram e dançam a música de mesmo nome com corpos e rostos pintados de preto -o uso da maquiagem com a intenção de caricaturizar e estereotipar pessoas negras e de outras minorias raciais é considerado um comportamento racista e ofensivo.

Megan Markle na capa da Vanity Fair - Reprodução

Foi por isso que Meghan sentiu-se traída e atacada pela revista, diz a autora Valentine Low em um trecho do livro "Courtiers: The Hidden Power Behind the Crown" ("Cortesãs: O Poder Oculto por trás da Coroa"). De acordo com o New York Post, Harry e Megan viram motivação racial no título e chegaram a tentar fazer com que a revista o modificasse em sua versão digital (a impressa já estava nas bancas).

Markle, a princípio, teria ficado "em êxtase" por estampar a capa da revista e viu na reportagem a oportunidade de divulgar o 100º episódio de "Suits", a série que ela estava filmando em Toronto, onde a entrevista foi realizada. Quando viu o resultado final, revoltou-se, afirma Low em seu livro.