Cássia Kis, 64, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "um grande homem" durante o lançamento da novela "Travessia", no Rio, nesta terça-feira (4). A afirmação foi feita dois anos depois de a atriz criticar duramente a gestão de Bolsonaro, no auge da pandemia, além de chamá-lo de "homem infantil" e dizer que ele "deveria levar uma surra de cinto da mãe".

Cercada por repórteres, a atriz se viu bombardeada por perguntas sobre sua posição política -ela ainda não tinha declarado publicamente o seu voto, mas deu dicas nas redes de que votou 22 no domingo. Será? Nesta terça, ela teceu inúmeros elogios ao candidato.

"Hoje, ele é um grande homem. Ele está se transformando, sim, em um grande homem. Eu tenho visto esse homem chorar. E não são lágrimas de crocodilo, são lágrimas verdadeiras", disse. "Ele está vendo o tamanho da responsabilidade e não é à toa que o país tem mostrado a sua mudança com muita força."

Na "guerra santa" que se instaurou na disputa presidencial, com polêmicas nas redes sobre satanismo e maçonaria, foi o lado "cristão" de Bolsonaro que Cássia fez questão de enaltecer. "Ele é o único presidente do mundo que fala em Deus. E fala com força."

Antiaborto e agora assumidamente de direita, a atriz disse está muito feliz de ter "encontrado a verdade". Ela afirmou que "vivia na mentira". E justificou: "Porque existe Deus e o diabo. Existe quem é abortista e quem não é. Não aprovo o aborto", disse Cássia, que no início deste ano, revelou a Fátima Bernardes, 59, que optou por interromper uma gravidez aos 29 anos.

"Não foi um aborto espontâneo e isso mudou a minha vida", contou, à época. Na noite desta terça-feira (4), ela voltou ao assunto. "Eu quero estar no lugar da direita, numa vida direita, inclusive. Eu não quero ser abortista e eu não sou nem vou pregar isso", acrescentou.