Celebridades

Regina Duarte sobe o tom, ataca artistas e repete frase de 2002: 'Eu tenho medo'

'Que vergonha eu tenho dessa leva!', escreveu a atriz, numa referência aos colegas que leram a carta pela democracia

Regina Duarte e Carla Zambelli (PL-SP), em 2020: "Bate mesmo", escreveu a atriz em seu Instagram, pedindo para a deputada atacar artistas de esquerda - Pedro Ladeira/Folhapress

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Rio de Janeiro

Esqueça —agora parece que de vez—​ a namoradinha do Brasil. Regina Duarte subiu o tom e, se vez ou outra ainda posta imagens e mensagens meigas e cheias de candura em suas redes, nos últimos dias a ex-secretária da Cultura de Jair Bolsonaro decidiu partir para o ataque.

Seu alvo principal são os colegas de profissão, os mesmos que a ignoraram numa recente apresentação teatral em São Paulo. Regina, ao que tudo indica, acusou o golpe.

"Bate mesmo!", incita ela, marcando os perfis de Guilherme Fiúza e de Carla Zambelli (PL-SP). Regina fez o comentário ao compartilhar uma postagem da deputada na qual ela e o jornalista criticam os "artistas pró-cartinha", numa menção à carta em defesa da democracia.

Caetano Veloso, Maria Bethânia, Fernanda Montenegro, Arnaldo Antunes, Chico Buarque, Anitta, Camila Pitanga, Antônio Fagundes, Gal Costa: a lista é grande e das mais variadas, mas por terem assinado e lido trechos da "cartinha", todos eles entram no rol de novos desafetos de Regina e são desancados por ela já no início de seu post. "Que vergonha que eu tenho dessa 'leva!', escreveu.

A atriz, no entanto, evita puxar para si a responsabilidade pelos ataques e opta por repostar o conteúdo dos aliados de Bolsonaro. "Batam mesmo, patriotas, que o meu pluralismo abestado me impede de bater na categoria por mais indignada que eu esteja!", postou. Ela finaliza o texto em que discorre sobre a democracia ("Que democracia essa 'leva' quer? Bolsonaro é exemplo para o mundo todo") com a seguinte frase: "Como em 2002, EU TENHO MEDO". Assim mesmo, em letras maiúsculas.

Regina rompeu seu contrato de mais de quatro décadas com a Globo para assumir a Secretaria da Cultura por dois meses e meio, entre março e maio de 2020, após semanas de fritura. Mesmo afastada e com a promessa (não cumprida) de assumir outro cargo no governo, ela se mantém fiel ao presidente e alinhada ao discurso bolsonarista. Numa de suas recentes postagens, elogiou o ministro da Economia, Paulo Guedes: "PG é o cara!".